Redação (13/12/06) – O projeto marcou a entrada da companhia no segmento de carne bovina, mas não atingiu os resultados projetados. O faturamento deverá fechar o ano em US$ 60 milhões (R$ 129 milhões) e cerca de 12 mil toneladas exportadas. A previsão inicial era de uma receita de R$ 270 milhões com exportação de 60% a 70% de uma produção anual de 60 mil toneladas.
“Tivemos que fazer ajustes técnicos no frigorífico arrendado, e no decorrer deste ano aprendemos a mexer com o mercado bovino”, afirmou Wlademir Paravisi, diretor de suprimentos da Perdigão, durante almoço com jornalistas para apresentar os resultados do ano.
Para debutar no mercado a empresa arrendou o frigorífico Frigoalta, da Arantes Alimentos, em Cachoeira Alta (GO), com capacidade para abate de 800 cabeças/dia. O contrato de arrendamento não deve ser renovado, e a Perdigão deverá construir seu próprio frigorífico em Goiás. A localização e os investimentos não foram revelados pela empresa, mas serão definidos ainda no primeiro semestre de 2007. Cerca de 80% da produção será destinada à exportação.
Com forte atuação em aves e suínos, a Perdigão busca um bom posicionamento no segmento de carne bovina, o que teve melhorar o desempenho de exportação neste ano no Brasil, apesar dos entraves causados pela febre aftosa desde o final do ano passado.
Ontem, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) informou que, incluindo miúdos, o Brasil exportou de janeiro a novembro 2,2 milhões de toneladas, alta de 10,74% em relação ao mesmo período de 2005, com uma receita financeira de US$ 3,596 milhões, alta de 27,27%.
As exportações ultrapassaram as vendas de carne bovina da Austrália (antes primeiro colocado) em volume financeiro no até novembro.