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Pfizer aposta em bovinos e suínos para 2007

<p>A estimativa da empresa é alcançar índices superiores aos registrados nestas atividades em 2006.</p>

Redação (23/02/07) – Os segmentos de bovinos e suínos são as apostas da Pfizer para 2007. A multinacional acredita também em uma retomada da agricultura, cujas vendas foram até 20% menores em 2006 em relação a 2005.

Em 2006, foi a pecuária que garantiu o crescimento da empresa no ramo agropecuário, sobretudo no de suínos. No ano passado, o faturamento da empresa aumentou 8,3%, somando R$ 224 milhões. Os resultados da Pfizer foram superiores aos do setor. Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), este mercado faturou R$ 2,3 bilhões – elevação de 4% em relação a 2005.

Segundo Jorge Espanha, diretor da Divisão de Saúde Animal da Pfizer, a expectativa para este ano é uma recuperação na área agrícola. Isso porque, em sua avaliação, os aumentos recentes de 30% nos preços da soja e do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) indicam um cenário positivo para o setor em 2007. Na área animal, a incógnita fica por conta das aves. “Vai haver uma melhora nas vendas, mas ainda há uma incerteza quanto ao movimento decorrente da gripe aviária”, afirma Espanha.

Apesar de o ano passado não ter sido bom para a pecuária nacional, em termos de preços e queda nas exportações – com exceção dos bovinos – as vendas da empresa foram superiores porque houve investimento no lançamento de novos produtos e também no aumento da rede de vendedores. Espanha explica que o maior crescimento ocorreu no segmento de aves e suínos – principalmente nos suínos – que registrou variação de 12%, enquanto o total do mercado ficou em 4%.

O segmento de bovinos cresceu 9% – excluindo as vendas de vacinas de febre aftosa. “Quando a arroba se recupera há uma eleição de produtos de maior valor agregado. Notamos expansão a partir do mês de setembro”, afirma o diretor. Destaque para os endectocidas que atingiram crescimento de 4% em um mercado que aumentou apenas 1,5%. Espanha afirma que, apesar da queda no preço da arroba – que chegou a R$ 60 no último trimestre de 2006 e hoje estão nos patamares de R$ 55 – sempre que os valores são maiores que R$ 52, há investimento do setor.

Segundo ele, para 2007, a empresa pretende continuar investindo em pesquisa e desenvolvimento, com o lançamento de novos produtos. Uma parceria com a Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) – com investimentos de R$ 5 milhões – está avaliando a eficácia de novos produtos, que atendam às exigências da pecuária brasileira.