A grande preocupação de todos os representantes da avicultura nacional com relação aos surtos de Influenza Aviária em diversos países não tem afetado a continuidade de eventos e encontros da avicultura industrial e são considerados uma ferramenta para o enfrentamento da crise.
Na agenda, eventos como a 34ª Reunião Anual do CBNA “A Nutrição e as Demandas do Consumidor: Bem-Estar Animal e Meio Ambiente” (esta semana, em Campinas/SP), o SBSA (a partir de 4 de abril, em Chapecó (SC) e a AveSui – Feira da Indústria Latino Americana de Aves e Suínos que será realizada entre os dias 25 e 27 de abril de 2023, em Medianeira (PR) e a Agrishow (de 01 a 05 de Maio de 2023, em Ribeirão Preto/SP), continuam com suas agendas de atividades confirmadas e reunirão importantes representantes dos setores para buscar soluções para os assuntos que envolvem a cadeia produtiva de aves.
Recentemente, o Show Rural Coopavel reuniu milhares de produtores em seu parque de exposições, tomando todas as medidas de prevenção. No evento da Associação Paulista de Avicultura (APA), realizado em Ribeirão Preto, os cuidados também foram redobrados e o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin ressaltou a importância dos eventos para a elaboração de estratégias na prevenção e combate da Influenza Aviária. “Embora a Inflluenza Aviária esteja presente em todos os continentes e em países vizinhos ao Brasil, não é momento para desespero. O que precisamos é redobrar a atenção com relação a biosseguridade, impedindo a entrada nas granjas e reforçando as redes de proteção que impedem a entrada de aves silvestres”, disse o presidente da na abertura do evento.
Outro ponto destacado por Santin foi a importância da comunicação. “Precisamos nos reunir para traçar estratégias que nos protejam dessa enfermidade, além de, em caso de infecção, é necessário que se comunique imediatamente aos órgãos responsáveis para que medidas cabíveis sejam executadas”, afirmou.
A Associação Paulista de Avicultura (APA) também eliminou os riscos de contaminação por H5N1 em eventos técnicos e feiras de exposições, nas quais não há a presença de animais.
No boletim, o médico-veterinário e diretor técnico da APA, José Roberto Bottura, informou que “este vírus tem sua importância restrita em aves e, para que o humano se infecte é necessário que exista contato direto entre uma ave enferma e a pessoa, além disso, o vírus da IA apresenta baixa resistência às condições do meio ambiente e, para que seja transmitido através calçados ou roupas, há a necessidade que a transmissão ocorra em poucas horas, tempo suficiente para manter o vírus viável que depende da presença de umidade e matéria orgânica”.
Nos EUA
A organização da IPPE investiu em medidas básicas de biossegurança e, mesmo no pico da crise de Influenza Aviária, o estado da Geórgia, um dos maiores polos produtores de aves dos EUA, recebeu 3.295 visitantes oriundos da América Latina, sendo 762 brasileiros.
Em resposta à Avicultura Industrial, a organização do evento declarou que IPPE incentivou todos os visitantes a utilizar as medidas de biossegurança que foram usadas em todo o centro de convenções durante a exposição, incluindo dispensadores de desinfetante para as mãos e tapetes para limpeza dos pés.
“Todos os participantes do IPPE também foram incentivados a aderir às práticas de biossegurança estabelecidas antes de participar de qualquer evento do setor”, diz a assessoria de comunicação da feira.
Além disso, a IPPE proibiu a distribuição de qualquer amostra a granel ou embalada de ingredientes ou aditivos para rações.
Regras no Brasil
O Paraná proibiu eventos que tenham exposição de aves exóticas ou pássaros em geral pelos próximos 90 dias, como medida preventiva à influenza aviária. A decisão técnica está em vigor desde a semana passada, após publicação de portaria da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). A medida restritiva é idêntica às adotadas por Santa Catarina e Rio Grande do Sul, segundo o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara.