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Sadia e Globoaves retomam parceria

<p>A Sadia firmou, com a Globoaves, um contrato de prestação de serviços de abate de frangos por dois anos em frigorífico na cidade de Cascavel (PR).</p>

Redação (18/01/07) – Conforme antecipou o Valor em dezembro, a Sadia propôs à empresa paranaense retomar a parceria – que existiu entre o início de 2005 e 30 de maio do ano passado. A proposta levou a Globoaves a suspender negociação para a formação de uma joint venture com a Tyson Foods e adiou a entrada da gigante americana no Brasil.

Pelo acordo assinado esta semana, a Globoaves vai abater 190 mil aves por dia na unidade de Cascavel, arrendada da massa falida da Chapecó Alimentos.

Sadia e Globoaves já foram parceiras, mas o contrato foi desfeito em conseqüência da crise da gripe aviária, em 2006, que derrubou a demanda global e as exportações brasileiras de frango.

O contrato anterior entre as duas companhias previa rescisão, mediante aviso prévio de seis meses, em caso de recuo da demanda de frango para exportação devido a problemas sanitários, como o vírus H5N1 da gripe aviária. Como parte da produção de Cascavel era destinada ao mercado externo, a Sadia suspendeu a parceria.

Já o novo contrato é mais vantajoso para a Globoaves, pois prevê um período fechado de 24 meses, com possibilidade de prorrogação. Durante o período de dois anos não poderá ocorrer rescisão da parceria, apurou o Valor.

Em entrevista em dezembro passado, o presidente do conselho de administração da Sadia, Walter Fontana Filho, disse que a intenção é exportar a produção de Cascavel para mercados como Egito e Irã. Na ocasião, a empresa justificou que a perspectiva de retomada da demanda por frango no mercado internacional teria motivado a proposta de retomada de parceria. Naquele momento, porém, não haviam sido notificados os novos casos de gripe aviária em países da Ásia e África. Desde dezembro, houve casos no Vietnã, Tailândia, Japão e Nigéria.

Também no fim de dezembro, em entrevista ao Valor, o diretor da Globoaves, Roberto Kaefer, disse que pesou na decisão de suspender as negociações com a Tyson o fato de a Globoaves “não querer ser minoritária” numa joint venture. O fato de a unidade incluída na negociação pertencer à massa falida da Chapecó também acabou interferindo. (AAR)