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Sadia retoma abates de aves em Santa Catarina

<p>Além de retomar a produção e afastar o perigo de demissões, serão contratados 200 trabalhadores nos próximos meses, segundo diretor da empresa.</p><p></p>

Redação AI (16/06/06)- Em meio à crise que afeta a avicultura nacional desde o início do ano, em função do medo da gripe aviária, a unidade da Sadia em Concórdia (SC) confirmou nessa quarta-feira (14-06) que vai retomar o ritmo normal do abate de frangos. Desde abril, a empresa havia reduzido em 25% o abate de frangos devido ao recuo nas exportações para a Europa e Ásia. Além de retomar a produção e afastar o perigo de demissões, a diretor da Sadia em Concórdia, Isauro Paludo, anunciou que serão contratados 200 trabalhadores nos próximos meses.

A decisão da Sadia é um sinal de que a pior fase para a avicultura brasileira já passou. Nos primeiros quatro meses do ano, as exportações de frango caíram 20% em comparação com o mesmo período de 2005, segundo a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef). Na média, o Brasil vendeu ao exterior 250 mil toneladas no ano passado. Em maio de 2006, as exportações chegaram somente a 211 mil toneladas, mas foram praticamente iguais as de abril, mostrando que a tendência é de recuperação a partir de agora.

A previsão da Abef é de que o Brasil aumente de 3% a 5% as vendas totais de carne de frango para o exterior até o final do ano. Para cidades como Concórdia, que têm o frango como um dos alicerces da economia, a expectativa da Abef significa que a principal ameaça ao nível de emprego está ficando para trás. Desde 2004, Concórdia é a cidade que, proporcionalmente, mais abre postos de trabalho em Santa Catarina, segundo o Ministério do Trabalho. A gripe aviária, associada ao embargo russo à carne suína, havia colocado em risco essa condição.

A Sadia evitou demitir funcionários no primeiro semestre do ano, mesmo tendo que remanejar em torno de 5% dos trabalhadores da unidade de Concórdia em função da queda no número de frangos abatidos diariamente. A empresa preferiu segurar os funcionários, mesmo com queda na produção, para poder ocupar espaços no mercado com rapidez se a crise da gripe aviária arrefecesse antes da metade do ano. O mesmo não fez a Seara Alimentos, de Seara, que fechou um turno de abate no início de junho e rescindiu o contrato de 170 trabalhadores.