Redação AI (10/04/06)- A Sadia pode não crescer os 10% previstos para este ano por conta do impacto da gripe aviária nas exportações de carne de frango, admitiu o presidente-executivo da empresa, Gilberto Tomazoni. Ele disse que o planejamento da empresa não foi revisado, mas disse “não saber se a empresa vai conseguir realizar os 10%”.
Tomazoni, que participou da Floripa Trade Summit 2006, afirmou que é muito cedo para revisar o orçamento da empresa, apesar do impacto da gripe aviária e do embargo parcial russo aos suínos. “Nossos investimentos estão mantidos. Nada demonstra que devemos revê-los”, disse referindo-se principalmento ao projeto de Lucas do Rio Verde e Campo Verde, no Mato Grosso, previsto para 2007.
Tomazoni disse não ter contabilizado quanto a Sadia reduziu os abates de frango e descartou férias coletivas e demissões no curto prazo. Explicou que para adequar a produção colocou máquinas para revisão e deu férias a grupos de funcionários que tinham férias vencidas. Também cancelou as contratações no Sul e em Minas.
Sobre o plano de prevenção à gripe, o executivo considerou que o governo deu um passo importante. “Mas ele veio com atraso e não contempla toda a sugestão do setor, mas é importante que seja implementado”, disse, referindo-se à proposta de restrição do trânsito interestadual de animais vivos e material genético . “Agora vai precisar de vontade política e investimento para ser implantado, mas o investimento é pouco perto do prejuízo que o país pode ter se deixar de exportar aves”.