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Sementes Adriana constrói laboratório

A empresa que atua no segmento de produção e comercialização de variedades de soja e milheto no MT, está expandindo suas atividades.

Da Redação 01/07/2003 – A empresa, com capacidade de produção de 1,7 milhão de sacas de 20 quilos por ano, montou um laboratório de pesquisa e controle de qualidade, que tem como objetivo aprimorar as técnicas de manejo da cultura e começou no ano passado a comercializar sua produção em toda a região Centro-Oeste, maior centro produtor de soja do Brasil.

“Nossa meta é continuar crescendo em níveis superiores ao desempenho do mercado”, diz Odílio Balbinotti Filho, vice-presidente. Nos últimos seis anos a empresa registrou crescimento de 500% na produção de sementes, ou seja, um aumento superior a 80% ao ano, enquanto o desempenho do mercado tem sido da ordem de 20%.

Com 17% de participação do mercado do Mato Grosso, a Sementes Adriana parte agora para os estados vizinhos e já atua no Mato Grosso do Sul e em Goiás desde o ano passado. “No segmento de milheto atuamos em todo o País”, diz o diretor da companhia que detém 3,4% do mercado nacional de semente de soja avaliado em 50 milhões de sacas por ano. A companhia comercializa 14 variedades de sementes – das quais 12 são de soja e duas de milheto – desenvolvidas pela Fundação Mato Grosso, entidade de pesquisa de melhoramento genético, que até 2000 era vinculada à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e atualmente a empresa opera com apoio dos produtores do estado. “Toda a parte de melhoramento genético da nossa empresa é de responsabilidade da fundação”, afirma Filho.

Pesquisa e rastreabilidade
Para gerenciar o laboratório de pesquisa, inaugurado há três meses, a empresa contratou o pesquisador José de Barros de França Neto, com experiência de 23 anos na unidade da Embrapa de Londrina. Com investimentos da ordem de R$ 1 milhão, o laboratório está habilitado a realizar pesquisas de tecnologias que melhorem o manejo do cultivo de soja.

“Comercializamos sementes pré-tratadas com fungicidas e micronutrientes”, diz o diretor. A semente pré-tratada custa 12% a mais que o produto tradicional (sem tratamento) e proporciona redução de gastos com funcionários. Além disso, a companhia tem investido pesado na rastreabilidade de sua produção. “Nosso controle é extremamente rígido e vai desde o plantio ao recebimento do produto por parte do produtor”, diz.

Na avaliação do empresário a rastreabilidade é a melhor ferramenta para aprimorar a qualidade da produção. Entre as técnicas de controle de qualidade, a empresa de sementes consegue realizar o envelhecimento precoce do produto para avaliar como ele se comportará na estocagem.