Redação (23/03/2009)- Foi o I Seminário de Reprodução Suína Agroceres PIC, promovido por esta empresa em conjunto com a Perdigão e a Master Agropecuária. O encontro discutiu melhorias nos sistemas reprodutivos de ambas (tendo como referência as matrizes Camborough) e aconteceu em Videira/SC, dia 11 de março, reunindo 52 participantes ligados às áreas de reprodução, nutrição e sanidade.
A abertura do evento foi feita pelo Diretor de Agropecuária da Perdigão, Luiz Stabile, que destacou a “necessidade urgente da cadeia produtiva suinícola aumentar a competitividade e eficiência produtiva, quebrando paradigmas e estipulando metas zootécnicas e econômicas audaciosas, pois hoje competimos com concorrentes brasileiros, internacionais e outras carnes — especialmente o frango, uma cadeia produtiva bastante eficiente”,
O encontro foi conduzido por dois destacados especialistas: Dr. George Foxcroft, professor de fisiologia da reprodução suína na Universidade de Alberta (Canadá), e José Piva, Diretor Técnico da PIC Estados Unidos, brasileiro radicado há mais de 13 anos na América do Norte. Ambos apresentaram enfoques novos para a busca de maior eficiência produtiva suína, provocando grande interesse e interatividade com a platéia.
BEAR ou Centro Erótico
José Piva, por exemplo, falou sobre taxa de retenção de fêmeas e redução do descarte de fêmeas jovens, no plantel. Também ressaltou a necessidade de se mudar conceitos equívocos como, por exemplo, o de que a leitoa que parir poucos leitões na primeira parição deve ser obrigatoriamente descartada. “A culpa — explicou Piva — normalmente não é da fêmea e seu custo genético ainda nem foi pago, nessa fase de seu ciclo”.
George Foxcroft comentou bastante sobre sistemas para melhor explorar o potencial genético das matrizes Camborough. Explicou, por exemplo, que seu genótipo moderno, com taxa de crescimento muito grande, deve receber tratamento adequado do ponto de vista de nutrição – e também falou da importância de se trabalhar com escores de condição corporal mais enxutos.
Foxcroft ainda destacou o interessante sistema de estimulação à puberdade para leitoas, chamado BEAR, cujo nome foi adaptado no Brasil para “Centro Erótico” – é um local onde os machos ficam em gaiolas, grupos de fêmeas se movimentam em volta deles e um funcionário identifica as marrãs que apresentam cio, para logo em seguida estabelecer a pesagem e o agrupamento das mesmas por ordem de cio.. Para o Dr Foxcroft, esse sistema é ideal, pois dá oportunidade para mais de um macho estimular simultaneamente as leitoas, em dois grupos contíguos.
Profissional, franco e aberto
Os Supervisores das unidades da Perdigão em Rio Verde/GO e Videira/SC apresentaram a evolução dos seus dados de desempenho e Guilherme Brandt, Assistente Técnico Corporativo, os dados consolidados de todo o sistema Perdigão. Rafael Kummer, Gerente de Sítios 1 da Master, abordou os recentes avanços de manejo obtidos, entre eles o uso de hormonioterapia para as fêmeas desmamadas, visando melhorias de produtividade na vida útil.
Participaram do encontro Mario Faccin, Mario Faccin Jr., Paulo Benneman e Ricardo Lippke, da Master Agropecuária. Também Augusto Heck e Uislei Orlando, respectivamente Sanitarista e Nutricionista Corporativos da Perdigão, além de seus Supervisores Regionais de Rio Verde/GO, Carambeí/PR, Videira/SC, Herval do Oeste/SC, Marau/RS e Lajeado/RS. O evento contou, ainda, com a presença de James Acosta, Gerente de Contas da Agroceres PIC e Alexandre Rosa, Gerente de Mercado da Agroceres PIC.
Segundo Alexandre Rosa, o ótimo resultado do Seminário foi reflexo principalmente do longo trabalho conjunto com a Perdigão, que já dura 28 anos, sem contar os 16 anos de parceria com a Master. “Nós temos um relacionamento de trabalho muito profissional e ao mesmo tempo franco e aberto. São clientes tradicionais, históricos, e em conjunto sempre buscamos melhorias dos dois lados” – conclui o Gerente de Mercado da Agroceres PIC.