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Stoccaggio quer construir fábrica em Ponta Grossa

<p>A multinacional italiana Stoccaggio, fabricante de equipamentos com faturamento global entre US$ 700 milhões e US$ 800 milhões por ano, planeja construir uma unidade produtiva no Brasil voltada ao segmento avícola.</p>

Redação (25/07/06) – Conforme Ruben Daniel Simone, que fundou a empresa em 1968, os investimentos previstos para o projeto alcançam cerca de US$ 60 milhões, e a idéia é erguer a nova fábrica em um ou dois anos. O empresário já negociou com a prefeitura de Ponta Grossa (PR) a concessão de uma área de 7,5 mil metros quadrados para o projeto.

Na unidade serão fabricados, entre outros, equipamentos para aviários, que têm demanda crescente em virtude da preocupação em torno de uma eventual chegada ao país do vírus fatal da gripe das aves, o temível H5N1.

O temor dos criadores, segundo Simone, já ampliou a demanda por equipamentos ligados à segurança sanitária da atividade. A própria Stoccaggio, em parceria com a paranaense Pino-Pré-Moldados, negocia a venda de 500 aviários completos no país, conforme o empresário italiano – que não revela com quem está negociando. Apenas como exemplo, o Valor apurou que o complexo que a Sadia está construindo no Mato Grosso abrigará cerca de 1.000 aviários.

Conforme Jacó Carlos Diel, diretor comercial da Pino-Pré-Moldados – empresa de estrutura e montagem que fatura cerca de R$ 2 milhões por ano -, a vantagem desse aviários que estão sendo negociados, cujos equipamentos ainda são importados, é um novo sistema para tratamento de cama ou forração – uma rosca esterilizadora que purifica, pausteriza e bate o material diariamente, se necessário. Com isso, explica, “elimina a mortandade de aves por contaminação por fungos, bactérias, roedores e pombas, entre outros animais.

Esses aviários têm capacidade para alojar 14 mil, 22 mil, 36 mil ou 50 mil aves, sendo que os dois tamanhos intermediários são os que têm maior demanda, de acordo com Diel e Simone. Ambos se conheceram no ano passado, e logo iniciaram uma parceria. Os dois empresários afirmam que a associação poderá evoluir e que não está descartada a incorporação da companhia brasileira pela multinacional italiana – que também mantém operações em Argentina, Paraguai, Bolívia, México, Moçambique e Espanha, entre outros mercado.

Diel ressalta, ainda, que os aviários que estão sendo negociados melhoram os controles de temperatura e umidade, o que leva as aves a alcançarem o peso ideal para abate com menos ração e em menos tempo. Um aviário desses para 36 mil animais custa R$ 900 mil, ante pouco mais de R$ 500 mil de um aviário convencional, segundo Diel.