Suinocultura na Agrobrasília

A suinocultura do Distrito Federal marcou presença em todos os dias da Agrobrasília, a maior feira de Agronegócio do Centro-Oeste. Mas, foi na última quinta-feira (19/05), com a palestra “Internacionalização no Agronegócio brasileiro. Desafios e Barreiras”, que a DFSuin & SINDISUÍNOS tiveram maior representatividade. O evento, realizado em parceria com o SEBRAE, teve como principal objetivo esclarecer sobre a dinâmica da internacionalização e fomentar nas indústrias locais a busca por novos e promissores mercados.

A apresentação iniciou com a seguinte afirmação: “Internacionalizar não é somente exportar; é importar, exportar e criar articulações e parcerias com empresas importadoras e exportadoras”. A ideia foi mostrar que o tema é muito mais abrangente do que parece e que universalizar um produto não é uma atividade simples, porém não é impossível, é preciso trabalhar a longo prazo, adaptar-se às exigências e aos acordos internacionais e possuir a consciência do tamanho da demanda que é possível atender.
Sobre as barreiras técnicas para a exportação, o palestrante do INMETRO, Leonardo Alves, explicou: “A ideia não é barrar, é exigir que se tenha um produto de qualidade circulando no mercado”. Nesse sentido, Leonardo lembrou que é preciso muita cautela ao elaborar acordos comerciais com outros países, pois existe o princípio da reciprocidade, em que as outras nações farão as mesmas exigências que o Brasil impuser. O país não pode dificultar a entrada de uma mercadoria externa caso tenha interesse de leva-la à praças estrangeiras. Porém, tudo isso tem de estar aliado, no caso da carne, a fatores sanitários, de embalagens, de coloração e textura do produto, entre muitos outros, que podem ser conferidos no site do INMETRO: www.inmetro.com.br
Tendo como exemplo uma pequena Associação no interior do Paraná que, ao transformar-se em Cooperativa tornou-se uma potência agrícola com faturamento anual de R$ 5 milhões, Ivo Jacó, empresário da área da indústria, ressaltou a importância de se formar uma Cooperativa no DF, pois, segundo ele, “teríamos bons resultados não só no mercado externo, mas também no mercado interno, que é muito cobiçado e possui um enorme potencial consumidor”.
 Dessa forma, a palestra gerou discussões e movimentou opiniões, o que, segundo Patrícia Ferreira, analista da Unidade de Agronegócios do SEBRAE, é reflexo do potencial exportador que a suinocultura possui. Ainda sobre o tema, Patrícia encerrou lembrando como a entidade pode apoiar o projeto de internacionalização: “Ao contrário da avicultura, onde são todos integrados, na suinocultura temos muitos independentes, então seria possível fazer um trabalho de diagnóstico individual, analisando o potencial de cada suinocultor, fomentando e agilizando o contato com empresas estrangeiras, por exemplo.”.