Suinter 2015 destaca manejo de maternidade suína em Foz do Iguaçu (PR)

Desafio é uma palavra que faz parte do dia a dia da suinocultura. Uma atividade dinâmica que vem passando por uma série de transformações de maneira muito rápida. Os avanços da genética, que já levaram a superar a marca de 14 leitões nascidos vivos devido a hiperprolificidade da fêmea suína impõem uma série de novos desafios aos que trabalham na área de produção. Diante deste quadro, o Painel de Manejo de Maternidade do 8º Simpósio Internacional de Produção Suína (Suinter) reuniu em seu segundo dia especialistas da suinocultura mundial para debater as possíveis estratégias de manejo de maternidade em cenário de avanços genéticos na suinocultura.

Um destaques do painel foi a palestra do do médico veterinário formado pela Universidade de Zaragoza, na Espanha, Luis Sanjoaquin Romero, que falou sobre os “Avanços genéticos e manejos de maternidade”. Segundo ele, a suinocultura mundial atingiu níveis de produtividade surpreendentes e o suinocultor precisa estar preparados para a quantidade de leitões que cada parto pode atingir. O CEO do Grupo Porc-Ex, Holger Bogebjerg Sorensen, que proferiu a palestra “Como manejar excedentes de leitões quando se supera 14 leitões nascidos vivo: experiência dinamarquesa”, acrescentou que instalações modernas, com tecnologia de ponta, associadas com alto nível de sanidade, manejo eficiente e alimentação de qualidade são os preceitos básicos para aguardar a chegada de qualquer leitegada. “A matriz também precisa de cuidados. É necessário alimentação correta para condição corporea estável durante a gestação, dar atenção especial às fêmeas fracas e realizar ultrasons nas semanas 4, 8 e 12, checando o desenvolvimento dos animais”, pontuou Sorensen, que recomenda gestações nas épocas mais frias do ano. Com o nascimento dos animais, e no caso especial de superação de 14 novos suínos, o profissional sugere mamada separada nas primeiras 24 horas, para ter certeza que todos receberão o colostro. “Leitões maiores no primeiro grupo, menores no segundo”, pontua. “Após as primeiras 24 horas, pode-se incluir mães de leite, deixando apenas os leitões mais fortes com a matriz original”.

O médico veterinário Luis Pietro Garcia formado pela Universidade de León (Espanha), fechou o painel com apresentação sobre o “Equilíbrio da maternidade na cadeia de produção: perspectivas da América do Norte e Europa”.