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Vice-presidente de Biotecnologia da Aviagen visita o Brasil

Executivo falará sobre a Influenza Aviária e a importância da distância das produções de aves comerciais de outros animais é uma importante proteção da avicultura brasileira.

Redação AI 29/07/2004 – 11h30 – “O Brasil está mais seguro da Influenza Aviária (IA) que os outros países afetados pela doença”. Essa foi uma das principais declarações dada pelo Dr. Jim McKay, vice-presidente de biotecnologia da Aviagen – empresa parceira da Agroceres Ross e um dos maiores grupos em melhoramento genético de frangos de corte do mundo.

Segundo Jim, no Brasil a produção intensiva de aves comerciais é distante das populações de aves silvestres e caipiras e de outros animais, especialmente as aves aquáticas que podem ser transmissoras da IA. Essa organização regional é importante para a proteção da indústria brasileira.

Por esse motivo, o Brasil é visto entre os 10 melhores resultados dos programas de melhoramento genético da Aviagen. “Biosseguridade e suprimento contínuo de matéria-prima de rações de alta qualidade são fatores decisivos para o sucesso”, garante.

Ele ressalta que esses cuidados são importantes uma vez que a vacinação não é eficiente para controlar a IA. O vírus, segundo ele, é mutante e o programa de vacinação não pode cobrir todas as variantes. A atuação da vacina portanto é limitada.

É por isso que a Aviagen vem apoiando os programas de monitoramento e erradicação nos países infectados e até, quando necessário, repõe os rebanhos erradicados. “Temos programas de melhoramento genético em vários países, o que assegura que supriremos com rebanhos livres da doença”, explica.

Para os países livres da doença, é essencial banir qualquer importação de aves vivas provenientes de áreas afetadas, pois a doença está presente em aves comerciais e silvestres. A carne não cozida também representa risco, portanto sua importação também deve ser banida.

Ele finaliza dizendo que alvoroço em torno do tema se justifica. Além do impacto comercial, a IA pode infectar humanos. Porém, até agora, não há evidência de transmissão de um humano para outro. O maior perigo, segundo Jim, é que o vírus seja modificado durante infecções de suínos e humanos e, assim, adquira a habilidade de transmissão de humanos para humanos.

Cuidados da Agroceres Ross no Brasil No Brasil, a Agroceres Ross – que participa na ponta da pirâmide da cadeia de produção da carne de frango, ou seja, com material genético – reforçou as ações de biossegurança em suas granjas e incubatórios localizados em Rio Claro-SP, Analândia-SP, Itirapina-SP, Pederneiras-SP, Santa Cruz das Palmeiras-SP, Taubaté-SP e Uberaba-MG.

Um dos principais investimentos é com a preservação ambiental, pois são os recursos naturais uns dos mais importantes aliados da biosseguridade. Por exemplo, nos municípios de Redenção da Serra e São Luiz de Paratinga região do Vale do Paraíba, próximo a Taubaté estão duas granjas da Agroceres Ross, que são as mais isoladas e modernas granjas de melhoramento genético do mundo.

A preocupação com a biossegurança partiu da escolha da região, que possui proteção aerogenea e topográfica, além da inexistência de qualquer tipo de produção avícola. Outra vantagem, é que a região do Vale do Paraíba está protegida por leis ambientais, que garantem que a região ficará intocada, proporcionando maior biossegurança às granjas.

Já as construções das granjas são projetadas para facilitar a limpeza e a manutenção. Exemplos: piso liso, cantos arredondados, telhado isotérmico, sistema de climatização, iluminação artificial e isolamento absoluto. Manter núcleos auto-suficientes, com equipamentos, equipes, sala de banho e transporte exclusivos, também é importante, pois evita qualquer tipo de contaminação entre as unidades.