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Vitagri e Genetiporc apóiam organização gaúcha

<p>Suinocultores independentes do Rio Grande do Sul estudam mecanismos para abrir canal direto de exportação de seus produtos.</p>

Redação SI 30/05/2005 – Novos canais de venda de carne suína, maior atenção às exigências sanitárias do mercado internacional e uma relação mais formalizada com a agroindústria. Em síntese foram esses os principais destaques do 4o. Encontro dos Suinocultores Independentes gaúchos, realizado entre 19 e 20 de maio no Jardim Europa Hotel, em Ijuí (RS). O evento, promovido pela ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), teve a participação de cerca de 40 produtores de todas as regiões do Estado e contou com a organização da Vitagri e o apoio da Genetiporc.

“Um dos pontos altos do encontro foi a análise que fizemos da cadeia produtiva da carne suína”, comenta Valdecir Luis Folador, presidente da ACSURS. Segundo ele, os suinocultores independentes mantêm acordos informais com a agroindústria para vender seus animais, o que gera embaraços especialmente em eventuais momentos de crise, como de oferta e de demanda.

“Sentimos a necessidade de ter maior garantia de entrega e comercialização. Nesse sentido, vamos estudar e propor um contrato, que seja bom para ambas as partes, a fim de tornar menos instável a relação dos suinocultores independentes com as agroindústrias”, completa Folador.

O presidente da ACSURS conhece de perto os desafios da suinocultura independente. Ele faz parte da categoria, respondendo pela criação, em ciclo completo de produção, de 450 matrizes em Barão de Cotegipe, região do Alto Uruguai, próximo de Erechim (RS).

Segundo Folador, durante a quarta edição do encontro dos suinocultores independentes também foi discutido maneiras de se exportar a carne suína que eles produzem. “Nossa intenção é ter um canal direto para exportação. Estamos bastante adiantados nesse sentido, inclusive em fase de estudo de contratos”, comenta.

Importância dos independentes

Os encontros dos suinocultores independentes têm se mostrado cada vez mais importantes para categoria. Prova disso é o aumento da audiência dos eventos. O número de produtores participante cresce a cada encontro.

“Para dar uma idéia, no primeiro evento tivemos em torno de 20 produtores que possuíam um total de 16 mil matrizes”, comenta Werner Meincke, diretor da Genetiporc do Brasil e da empresa Vitagri. No segundo encontro esse número subiu para 32 mil matrizes e, no quarto, chegamos próximo a 40 mil matrizes, com aproximadamente 40 produtores.

Segundo estimativas feitas pelo setor, a categoria dos suinocultores independentes no Rio Grande do Sul deve somar ao todo cerca de 50 mil matrizes.

A Vitagri e a Genetiporc vêm apoiando os encontros por serem empresas que estão inseridas e comprometidas com o desenvolvimento e a busca da estabilidade da cadeia produtiva da suinocultura. O objetivo é despertar uma reflexão da categoria que necessita ter uma nova postura para poder enfrentar de forma menos traumática os momentos de adversidades do mercado, explica Werner.

Muitas vezes inferiorizados em relação aos produtores gaúchos que fazem parte do sistema integrado de criação de suínos, os suinocultores independentes do Rio Grande do Sul buscam uma parceria mais sólida com as agroindústrias.

Aos poucos, os objetivos da categoria vêm sendo alcançados.

“Já surgiram muitas idéias e ações que serão desencadeadas em médio prazo”, confirma Werner. “Outro aspecto muito importante diz respeito à consciência do grupo em relação à necessidade de fortalecer e profissionalizar a ACSURS como entidade representativa e defensora dos interesses dos suinocultores”, conclui.