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Banco genético para preservar variedades

<p>As coletas são feitas de preferência no campo, mas também em feiras livres ou em locais que o agricultor conserva suas sementes para consumo ou plantio.</p>

Redação (28/07/2008)- A dupla arroz e feijão é a base da alimentação do brasileiro. Em tempos em que se discute tanto a falta de alimentos em todo o mundo, para que esta tradição culinária nacional continue por muitos anos é preciso investir em pesquisa. Mas para desenvolver grãos com melhor produtividade, maior resistência a doenças e precocidade, são necessárias amostras de variedades com características distintas.

Segundo explica o pesquisador Jaime Roberto Fonseca, da Embrapa Arroz e Feijão, o perigo é que muitas variedades são deixadas de lado e não são mais cultivadas pelos produtores durante anos. Outras possuem um pequeno nicho de mercado, como o arroz vermelho, comum apenas no Nordeste do País.

Para que esses tipos não desapareçam, desde o final da década de 70 a Embrapa começou a catalogar diferentes variedades de arroz e feijão em todo o Brasil. As coletas são feitas de preferência no campo, mas também em feiras livres ou em locais que o agricultor conserva suas sementes para consumo ou plantio. O acervo também é composto de material que passou por melhoramento genético.

Variabilidade
A intenção é preservar a variabilidade genética e oferecer subsídios para a pesquisa. Diferentes tipos de arroz e feijão possuem características próprias e que podem ser interessantes, como a qualidade, cozimento mais fácil, sabor e produtividade. O importante é aproveitar o que cada uma tem de melhor.

De acordo com Jaime, a ampliação da base genética das cultivares de arroz e feijão do Brasil é estratégica. “Em um programa de melhoramento, a coleta de germoplasma é indispensável, já que coloca à disposição dos melhoristas uma grande variabilidade genética”, afirma.