O pesquisador Scott Jackson, da Purdue University (USA), coordenador do Consórcio Internacional, que anunciou há um ano o sequenciamento do genoma da soja, ministrou palestra na última quarta-feira (20), no 5º Congresso Brasileiro de Soja e no Mercosoja 2009. Ele destacou a importância de formar bases de dados biotecnológicos para resolver os problemas da soja e desenvolver produtos de melhor qualidade.
O Consórcio Internacional é formado por 25 grupos de pesquisa nos EUA, China, Japão, Coréia e Brasil, que buscam entender o funcionamento dos genes ligados a características agronômicas da soja. “Agora estamos tentando identificar a função de cada um dos 66 mil genes da soja e já caracterizamos 100 deles, o que irá facilitar o trabalho de engenharia genética para o desenvolvimento de plantas com maior teor de óleo, proteína, resistência a doenças e com mais tolerância a estresses como a seca”, afirma Jackson.
O trabalho do Consórcio Internacional também prevê a identificação de genes similares em outras espécies que possam ajudar a resolver problemas que afetam a soja. “Comparando espécies parecidas podemos trazer para a soja características não disponíveis na planta, mas que podem melhorar o seu desempenho agronômico. Esta estratégia já vem sendo usada com sucesso em culturas como o arroz e o trigo”, avalia.