Apontado como um dos mais importantes avanços do sistema produtivo da avicultura nacional nos últimos anos, a compartimentação do sistema produtivo foi tema de encontro realizado nesta segunda-feira (10/04), em Itaberaí (Goiás).
Destacando perspectivas técnicas e conjunturais sobre a compartimentação do sistema produtivo, o evento reuniu representantes da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Associação Goiana de Avicultura (AGA), das Agência de Defesa de Goiás e de empresas como a SSA, Hubbard Breeders e a Cobb-Vantress.
De acordo com o presidente da SSA, José Carlos Garrote de Souza, o objetivo é desenvolver a iniciativa na indústria goiana, fortalecendo ainda mais o Estado, que é um dos maiores produtores e exportadores de carne de frango do país.“Queremos avançar nos estudos de implantação do sistema em nosso Estado, dando ainda força e credibilidade nosso sistema produtivo, cujo status sanitário é internacionalmente reconhecido, dentre outros motivos, por nunca ter registrado focos de Influenza Aviária em nosso território”, falou.
Conforme o diretor de relações institucionais Ariel Antônio Mendes, o Programa de Compartimentação é uma das mais importantes ações focadas no fortalecimento sanitário da avicultura brasileira e mundial dos últimos anos. “Para as exportações de carne de frango e ovos, a compartimentação é uma espécie de seguro, uma vantagem competitiva frente ao mercado internacional, já que nunca registramos qualquer foco de Influenza Aviária em nosso território. Já para genética, é uma nova possibilidade para a viabilização de exportações para alguns mercados com os quais ainda não temos acordos sanitários firmados”, disse.
Os estudos para a instalação do sistema começaram em 2008. Além da Cobb-Vantress, outras duas empresas – BRF e JBS – têm unidades com compartimentação em fase final para certificação.
Programa de Compartimentação
Idealizada e auditada pela OIE, a compartimentação teve na avicultura brasileira seu projeto-piloto. O programa consiste, basicamente, na estruturação da produção em compartimentos, que mapeiam e isolam plantas e estruturas de granjas. Com este modelo produtivo, a reação a eventos epidemiológicos será mais rápida e de mais fácil controle, reduzindo os impactos econômicos gerados e dando maior segurança sanitária à cadeia produtiva. Ao mesmo tempo, por estar isolado, o sistema compartimentado proporciona melhores garantias de continuidade das vendas internacionais em caso de eventualidades sanitárias.