Nas últimas semanas a JBS adquiriu 360 veículos com objetivo de fugir do aumento de custo provocado pelo tabelamento do frete. A Cargil também sinalizou que pode seguir a mesma estratégia .
Empresas e produtores estão optando pela compra de caminhões e montando frotas próprias para escoar a produção. Segundo analistas este movimento pode pressionar ainda mais o setor de transporte rodoviário em cenário que está bastante difícil.
Os anúncios tem desagradado parte dos caminhoneiros, principalmente os autônomos, que provavelmente serão afetados com uma diminuição de demanda em consequência ao aumento de frotas próprias.
Dados divulgados na quarta-feira passada pela Federação nacional da distribuição de veículos automotores (Fenabrave) mostram que a venda de caminhões cresceu no último mês. Foram 6,6 mil veículos comercializados em julho, uma aumento de 16,3% em relação a junho e 47,3% no ano.
A tabela do frete foi uma das medidas defendidas pelos caminhoneiros durante a greve de maio que durou 11 dias. Ela estabelece um valor mínimo a ser pago pelo transporte, que varia conforme o tipo de carga, a distância percorrida e número de eixos do caminhão.