Os altos custos da produção animal estão diretamente relacionados à sua dieta. Rações e aditivos correspondem a maior parte dos gastos feitos pelos produtores. Porém, uma novidade deve sacudir o mercado e diminuir significantemente estes valores. Trata-se do milho com lisina. De acordo com Marcelo Gravina de Moraes, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e membro do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), esta variedade transgênica do cereal contém quantidade de lisina suficiente para dispensar o uso de aditivos para melhorar a performances produtiva dos animais. “Trata-se de um milho reforçado, seguro, que deve ajudar na diminuição de custos para o produtor”, explica.
Porém, o professor alerta para o atraso da aprovação de uso desta variedade no Brasil. “Enquanto na Argentina esta variedade já foi aprovada e deve ser comercializada rapidamente, aqui o processo é demorado”, afirma Gravina. “Nós, como grandes jogadores do mercado mundial, não podemos perder tempo. Do contrário, damos margem para o crescimento da concorrência”.
Veja vídeo sobre o assunto na TV Gessulli.
A lisina é um aminoácido com cadeia lateral muito polar, que a torna altamente hidrofílica. A substância ajuda no crescimento ósseo, auxiliando na formação de colágeno, além disso, ela é um dos componentes de: ossos, cartilagens e outros tecidos conectivos. A lisina contribui para o melhor aproveitamento de determinados nutrientes ou na digestibilidade da ração, auxiliando no ganho de peso, na conversão alimentar e na deposição de carne magra.