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"Quem resiste a transgenia é desinformado", diz produtor

<p>Pioneiro no cultivo de soja transgênica do MT defende cultura como forma de redução do uso de agrotóxicos.</p>

Um dos pioneiros de Lucas do Rio Verde (MT), defende a cultura da soja transgênica como proposta para a redução de uso de agrotóxicos e da excelência na produção de grãos em Mato Grosso. Em entrevista, Domingos Munaretto, declara que a modificação genética permitiu a permanência do produtor rural no estado e a alta produtividade por hectare.

Apesar de todas as ações de ONGs e grupos nacionais e internacionais que são contra a transgenia, Munaretto diz que esse foi o grande diferencial para o Estado.

As primeiras sementes de soja foram trazidas pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) para a Cooperativa no município de Diamantino. Ele diz que no início eram colhidas apenas um pouco mais de 30 sacas de soja por hectare. Hoje, são cerca de 55 sacas e a cada ano tende a crescer.

“As primeiras mudas atingiam cerca de um metro de altura, mas a produção era mínima porque não tinha ainda a tecnologia. O pessoal trazia também material do Rio Grande do Sul e do Paraná, porém não produzia bem no nosso solo, não crescia”, conta Munaretto.

Com as primeiras sementes em mãos os Munaretto plantaram 80 mil hectares, as sementes ele conseguiu com a Embrapa. Com a sucessão de plantios é que foi percebendo qual variedade se adaptava melhor ao solo da região.

A persistência e a vontade de dar certo foram o combustível que manteve os produtores na região. Em Lucas do Rio Verde, os Munaretto plantam hoje cerca de 3.500 hectares e colhem aproximadamente 200 mil sacas.

“Tínhamos muitos problemas com erva daninha e a partir da transgenia esse problema acabou. A transgenia não tem mais volta, vai ser a solução para resolver o problema de alimento para o homem. Quem resiste a transgenia é desinformado. Todos os países da Europa usam a transgenia e esse conhecimento tem é que se expandir”, diz Munaretto.

Segundo ele, a carga de agrotóxico que é lançada no meio ambiente é que é prejudicial a saúde, ao ambiente e ao lençol d’água. Com a transgenia essa carga tem sido reduzida ano a ano porque as plantas são mais resistentes à praga e ervas daninha.

“Com esses produtos modificados podemos usar sem medo de perder a safra os agrotóxicos biodegradáveis que são mais leves. Se houve algo que veio a favor do produtor foi a transgenia, pois temos maior produtividade com menor risco pra nossa saúde”, garante ele.