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Genética

UBA contesta declaração de médico sobre hormônios

A União Brasileira de Avicultura desmente acusação de uso de hormônios na produção avícola.

A UBA (União Brasileira de Avicultura), divulgou nota à imprensa no final da tarde de quarta-feira (22), contestando declarações dadas pelo médico especializado em reprodução, Isaac Yadid, em matérias divulgadas na imprensa sobre a utilização de hormônios na produção de frangos. Abaixo, a íntegra da nota da UBA, na qualidade de entidade representativa da produção nacional de frangos:

– A avicultura brasileira é a mais desenvolvida do mundo em termos sanitários. Somos livres de doenças como gripe aviária, por exemplo. Esse status sanitário nos permite exportar para mais de 150 países (União Européia, Hong Kong, Japão, etc), todos eles, extremamente criteriosos em termos sanitários e de qualidade;

– As pesquisas com seleção genética são as verdadeiras responsáveis pelos ganhos produtivos das aves. Assim como em todos os eixos da produção agropecuária, a seleção de animais com melhor desempenho em produtividade é o que tem garantido melhor capacidade de ganho de peso nos animais;

– É fundamental frisar que a avicultura mundial – inclusive a brasileira – não utiliza hormônio na produção de frango. Existem justificativas econômicas, técnicas e legais para isso;

– Do ponto de vista legal, o uso de hormônio ou similares é proibido em vários países. No Brasil a proibição ocorre desde janeiro de 1976, por decreto n 76.986 do então presidente Ernesto Geisel, que proíbe aplicação de hormônios em animais;

– Outra razão prática é que, caso houvesse a aplicação de hormônios em aves, não haveria tempo suficiente para a manifestação de resultados da substância sintética, já que o ciclo de produção do frango dura, em média, 45 dias;

– Considerado o volume de ração utilizada na produção brasileira de frangos, 28 milhões de toneladas por ano, seria impossível manter esta produção sem denúncias comprovadas (leia-se com apresentação de provas concretas). Também seria impossível manter o uso de hormônios em tamanha produção, já que não existe matéria-prima suficiente para tal;

– Também é preciso lembrar o número de empresas avícolas brasileiras que exportam para vários mercados no mundo, já que nossa participação no mercado internacional se sustenta pela qualidade do produto. Por qual, então, motivo a agroindústria colocaria tudo isso em risco, comprometendo todo um mercado?

– A acusação feita pelo médico Isaac Yadid é dita de forma irresponsável e sem nenhum fundamento científico. É possível que o mesmo esteja confundindo hormônios com nutrientes utilizados na dieta do frango, como vitaminas, minerais, aminoácidos, etc;

-Opiniões descabidas como esta podem prejudicar um setor que gera alimento barato, nobre e de boa qualidade para o brasileiro, além de ser responsável por 5 milhões de empregos diretos e indiretos. Somos uma das produções industriais mais tecnificadas do mundo. Produzimos alimentos de forma responsável, tanto para o Brasil, quanto para outros países
.
– Esta nota tem por objetivo esclarecer a imprensa e o publico em geral sobre um mito que, infelizmente, é recorrente. Algumas áreas médicas insistem em fomentar tal inverdade sobre a produção de frangos. De qualquer modo, acreditamos como fundamental este esclarecimento, para que os veículos de imprensa não se deixem levar por declarações infundadas e sem embasamento técnico e científico.