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Genética

União Européia evidencia crescente aceitação à biotecnologia

No ano passado, a UE registrou o mais alto índice de importação de alimentos transgênicos.

O entendimento de agricultores de países exportadores de grãos, como o Brasil, sobre a aceitação de alimentos transgênicos na Europa não corresponde exatamente à realidade do continente, segundo Raffaella Colombo, gerente da Green Biotechonology Europe. “Desde 1996 produtos geneticamente modificados (GM) estão presentes na alimentação humana e animal de países da União Européia. No ano passado, atingimos o maior índice de importações de transgênicos desde sua liberação”, afirmou.

Hoje já são sete as nações européias que adotaram o cultivo de culturas GM, entre elas, Espanha, a principal produtora do continente, seguida por República Checa, Romênia, Portugal e Eslováquia. Além dessas, outras 18 nações produzem transgênicos no mundo. De acordo com dados do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA, na sigla em inglês), foram cultivados 125 milhões de hectares de lavouras geneticamente modificadas em 2008.

Os números apontam ainda que, na União Européia (UE), as plantações GM saltaram de 88,6 mil hectares para 107,7 mil hectares no ano passado, registrando um aumento de 21% ao que corresponde a 19,1 mil hectares. “A clara globalização da agricultura e a preocupação com as mudanças climáticas estão levando os produtores europeus a buscar tecnologias mais eficientes para se tornarem competitivos no mercado mundial”, comenta Raffaella.

Ainda assim, condições agronômicas e climáticas impedem que a agricultura européia se torne auto-suficiente, fazendo da importação um recurso recorrente. De acordo com os índices da consultoria alemã Oilworld, dos 16 milhões de toneladas de soja importada pela UE em 2008, cerca de 3,5 eram transgênicas.

Aos Poucos vem crescendo também a confiança dos consumidores em relação aos organismos geneticamente modificados. De acordo com a pesquisa da comissão da EU intitulada Eurobarometer, publicada em março de 2008, somente 20% da população não é favorável aos alimentos transgênicos. “Notamos que, em países onde produtos GM estão disponíveis, os consumidores os compram indistintamente”, assegura a executiva.

* Com informações da Assessoria de Imprensa