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GRÃOS

Corredor de exportação traz esperança para agricultores da Ucrânia enquanto custos da guerra sobem

Com o fim da guerra com a Rússia ainda incerto, o acesso ao Mar Negro é crucial para a Ucrânia preservar uma indústria agrícola que era o quarto maior fornecedor global de grãos antes do conflito e, em termos de valor, representava metade das exportações totais da Ucrânia no ano passado.

Reuters
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Os esforços da Ucrânia para reavivar as exportações marítimas em desafio ao bloqueio militar russo têm dado uma pequena esperança a um setor agrícola vacilante, no qual produtores deficitários estão abandonando algumas terras em uma das maiores regiões produtoras de grãos do mundo.

Com o fim da guerra com a Rússia ainda incerto, o acesso ao Mar Negro é crucial para a Ucrânia preservar uma indústria agrícola que era o quarto maior fornecedor global de grãos antes do conflito e, em termos de valor, representava metade das exportações totais da Ucrânia no ano passado.

Enquanto rotas de exportação improvisadas e oferta abundante em outros lugares reduziram os recordes nos preços globais de alimentos desde o ano passado, a pressão sobre a agricultura ucraniana piorou à medida que um acordo de exportação apoiado pela ONU desmoronou e os vizinhos da UE resistiram ao transporte terrestre.

A agricultura sofreu perdas de mais de US$ 25 bilhões desde o início da guerra, estima a Associação Ucraniana de Comerciantes de Grãos (UGA, na sigla em inglês).

As exportações de grãos da Ucrânia na temporada 2023/24, que começou em julho, estão 28% abaixo do volume do ano anterior, de acordo com dados do Ministério da Agricultura.

A área plantada com milho, seu principal grão de exportação, diminuiu um quarto desde o início da guerra, e o plantio total de safras pode sofrer uma queda de dois dígitos em 2024, afirmam os produtores, à medida que fazendas com dificuldades financeiras deixam parte da terra ociosa.

Um novo canal de navegação no Mar Negro pode oferecer uma salvação, assim como para a exaurida indústria siderúrgica da Ucrânia.

“O corredor marítimo é essencial para a sobrevivência da agricultura ucraniana”, disse Jean-Francois Lepy, chefe de negociação de grãos do grupo agroindustrial francês InVivo.