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Grãos

Chuvas nos EUA e seca no Brasil elevam preços da soja e milho em Chicago

Chuvas nos EUA e seca no Brasil elevam preços da soja e milho em Chicago

Os contratos futuros de soja para novembro abriram com alta de 2,12% na Bolsa de Chicago, sendo cotados a US$ 10,3350 por bushel. O aumento foi impulsionado pelas chuvas no cinturão de soja e milho nos Estados Unidos, o que pode desacelerar a colheita americana. Além disso, o atraso no plantio da safra 2024/25 no Brasil, provocado pela seca, também está pressionando os preços para cima.

O milho segue a mesma tendência, com os contratos para dezembro avançando 1,99%, cotados a US$ 4,0975 por bushel. As chuvas nos Estados Unidos atrasam a colheita, enquanto a menor oferta na União Europeia e Ucrânia, juntamente com a queda na intenção de plantio na Argentina, também colaboram para a elevação dos preços.

O trigo, que enfrentou quedas na semana anterior, teve uma recuperação significativa, subindo 2,51% na abertura de Chicago, com os contratos de dezembro cotados a US$ 5,8274 por bushel. A alta foi favorecida por compras de investidores e pela expectativa de menor oferta exportável da União Europeia, após colheitas abaixo do esperado na França e na Alemanha.

Impactos Globais e Questões Logísticas

Além das influências climáticas, o cenário global também pesa sobre o mercado de grãos. A China, um dos principais consumidores mundiais, enfrenta um excesso de oferta em seus armazéns, resultado de compras em massa de grãos baratos no início do ano. Como resposta, Pequim solicitou a redução de importações de milho, cevada e sorgo, complicando o panorama para exportadores globais.

Nos Estados Unidos, uma greve iminente em mais de 30 portos pode agravar ainda mais as cadeias de suprimentos. A Associação Internacional de Longshoremen ameaça paralisar suas atividades, caso não chegue a um acordo com a Aliança Marítima dos EUA até o dia 30 de setembro. A interrupção pode afetar portos importantes como Nova York, Houston, Miami e Nova Orleans, responsáveis por 41% do volume portuário do país. Analistas temem que uma paralisação desse porte aumente consideravelmente os custos de importação e exportação, além de causar atrasos significativos nas remessas e armazenagem de produtos.

Esses fatores globais, combinados com a instabilidade climática, reforçam a volatilidade dos preços no mercado de grãos, criando incertezas para produtores e traders em todo o mundo.