Os contratos futuros de grãos na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a segunda-feira, 4 de novembro, com altas nos preços, impulsionados pelo movimento de cobertura de posições dos investidores. Esse comportamento coincide com a semana decisiva para a eleição presidencial dos EUA, na disputa entre Donald Trump e Kamala Harris. A soja para janeiro subiu 1,21%, alcançando US$ 10,0575 por bushel, recuperação motivada pela demanda externa aquecida, especialmente no setor de óleo de soja. No entanto, as elevações permanecem moderadas devido ao avanço do plantio no Brasil e à desvalorização do real frente ao dólar, conforme analisa a consultoria Granar.
O milho para dezembro apresentou alta de 0,84%, chegando a US$ 4,18 por bushel, beneficiado pela procura externa e pela forte demanda interna para a produção de etanol nos Estados Unidos. Chuvas previstas para os próximos dias no cinturão produtivo americano, onde se concentra a colheita de milho e soja, podem resultar em atrasos no processo, reforçando o movimento de alta.
Para o trigo, a valorização foi mais contida, de 0,13%, com o preço a US$ 5,6875 por bushel. O cereal foi favorecido pela desvalorização do euro frente ao dólar, o que fortalece a competitividade das exportações americanas. Ao mesmo tempo, o plantio de inverno em países da União Europeia tem sofrido com o excesso de chuvas, dificultando o cultivo e contribuindo para a valorização global.
As elevações no preço do trigo também são limitadas pelas chuvas no sul das Grandes Planícies americanas, que ajudam a mitigar o déficit hídrico, beneficiando o início do ciclo das variedades de inverno. A perspectiva climática e os fatores de mercado permanecem sob análise contínua, com os investidores de olho na demanda global e nas variáveis políticas e climáticas dos EUA.