A consultoria Datagro projetou que a safra 2024/25 de soja na América do Sul será recorde, tanto em área plantada quanto em produção. A expectativa é que a área semeada atinja 71,4 milhões de hectares, um aumento de 4% em relação ao ciclo 2023/24. A produção, envolvendo Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia, deverá alcançar 238 milhões de toneladas, 10% acima das 216,8 milhões de toneladas colhidas na última temporada.
A produtividade média também deverá crescer, chegando a 3.329 quilos por hectare, um avanço de 5%. Além disso, o processamento de soja na região deve aumentar 7%, atingindo 108,6 milhões de toneladas, enquanto as exportações de grãos devem crescer 12%, totalizando 122,8 milhões de toneladas. O farelo de soja também terá crescimento nas exportações, com alta de 8%, mas o óleo de soja poderá sofrer uma leve queda de 1%, atingindo 7,1 milhões de toneladas.
O consumo de farelo na América do Sul deve crescer 3%, alcançando 24,4 milhões de toneladas. Já o consumo de óleo de soja deverá apresentar um avanço expressivo de 12%, chegando a 14,8 milhões de toneladas. Mesmo com a queda nos preços globais da soja, a demanda consistente e os menores custos de produção — especialmente defensivos e fertilizantes — mantêm os produtores motivados a ampliar o plantio.
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No Brasil, a área plantada de soja deverá aumentar 2%, alcançando 47 milhões de hectares, com destaque para a conversão de áreas de pastagem e milho da primeira safra para a agricultura. A produção brasileira deverá crescer 11%, chegando a 167,1 milhões de toneladas. A Argentina, por sua vez, pode se beneficiar de uma possível redução ou eliminação das “retenciones”, tributos que afetam a competitividade dos produtores locais.
O plantio de milho da safra de verão 2024/25 no Centro-Sul do Brasil avançou para 52,9% da área estimada de 3,675 milhões de hectares até o dia 18 de outubro, segundo a Safras & Mercado. Alguns estados, como o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, já plantaram mais de 80% das áreas estimadas, enquanto regiões como Mato Grosso do Sul e Goiás ainda avançam lentamente no cultivo.
Comparado ao mesmo período do ano passado, o plantio está um pouco mais lento, quando 58,8% da área estimada já estava semeada. No entanto, o cenário atual está dentro da média dos últimos cinco anos, de 54,5% para o período.
