As previsões de chuva para importantes regiões produtoras do Brasil estão gerando expectativas otimistas no mercado de soja em grão. De acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), essa perspectiva pode impulsionar a semeadura da safra 2024/25. No entanto, as negociações ainda apresentam baixa liquidez, com parte da demanda brasileira voltada para a oleaginosa dos Estados Unidos, e as indústrias nacionais demonstram cautela nas aquisições de grandes volumes, aguardando melhores condições climáticas para pressionar as cotações.
Exportações de Soja
Apesar da queda nas exportações em setembro, que atingiram 6,1 milhões de toneladas — uma redução de 24% em comparação com agosto e 4,5% inferior a setembro de 2023 —, o acumulado de 2024 ainda apresenta números recordes. De janeiro a setembro deste ano, os embarques totalizaram 89,54 milhões de toneladas, um aumento de 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado, demonstrando a robustez da produção nacional mesmo em face de oscilações sazonais.
No mercado de milho, o cenário também é de alta. O indicador Cepea para a região de Campinas (SP) fechou a primeira dezena de outubro com a saca de 60 quilos cotada a R$ 66,18, o maior valor nominal registrado em 2024. Na sexta-feira (11/10), o preço alcançou R$ 67,75, marcando o valor mais elevado do ano.
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A alta é impulsionada pela retração vendedora e pela demanda aquecida. Produtores, preocupados com o clima seco e quente no Centro-Oeste, têm se afastado das negociações no mercado spot, enquanto compradores buscam recompor seus estoques em um ambiente de oferta limitada.
Esses movimentos reforçam a sensibilidade dos mercados agrícolas às condições climáticas e às expectativas para a nova safra, com impactos diretos na dinâmica de preços e negociações.
