Nos negócios, a lucratividade é essencial para garantir a continuidade e agregar valor econômico às comunidades e clientes que servimos. Muitas vezes, as empresas medem o sucesso com base na receita gerada, mas isso não reflete necessariamente a totalidade dos resultados. Por isso, é fundamental analisar métricas que avaliem a lucratividade de forma mais abrangente.
Na produção animal, fabricantes de ração e compradores de ingredientes tendem a focar na redução de custos, principalmente no preço dos ingredientes, sem avaliar adequadamente as características nutricionais que afetam o desempenho das dietas. Esse enfoque pode levar a decisões de compra que desconsideram importantes diferenciais na composição nutricional.
O farelo de soja, por exemplo, é comercializado predominantemente pelo preço e teor de proteína bruta. No entanto, a ciência atual demonstra que o verdadeiro valor do farelo de soja reside em um conjunto mais complexo de atributos intrínsecos, como o perfil equilibrado de aminoácidos, componentes energéticos, teor de cinzas e digestibilidade. Além da qualidade nutricional, a consistência do farelo é um fator de grande importância para os usuários finais.
A produção global de soja tem crescido em um ritmo mais acelerado que o consumo, o que resulta em uma oferta abundante e preços mais baixos, impactando diretamente os custos de alimentação e produção animal. Essa abundância de soja, aliada à desvalorização do dólar, oferece aos compradores uma oportunidade de aumentar a lucratividade.
Minha equipe, presente em mais de 80 países, colabora com produtores de animais e de aquicultura, utilizando ciência sólida, dados recentes e novas tecnologias para ajudá-los a atingir suas metas. Recentemente, um de meus colegas apresentou um estudo que demonstrou que produtores de médio a grande porte podem adicionar milhões de dólares aos seus lucros ao desbloquear o valor do uso de soja dos EUA em suas formulações de ração.
Atualmente, os produtores de soja nos EUA estão em plena colheita, com uma projeção recorde de 124,81 milhões de toneladas métricas, das quais cerca de 50,35 milhões serão exportadas para uso global. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a produção mundial de soja deve atingir 429,20 milhões de toneladas métricas este ano, conforme o relatório de setembro de 2024.
A abundância de soja permite que avancemos para discussões mais amplas sobre saúde e bem-estar, deixando para trás as preocupações sobre a escassez de alimentos. A disponibilidade e a acessibilidade de proteínas, como a soja, são vitais para o bem-estar global. O trabalho dos produtores tem impacto local e internacional, e seu papel é fundamental na manutenção de um suprimento de alimentos abundante.
Fonte e tradução: Poultry World