A previsão de condições favoráveis para o plantio de soja no Brasil voltou a impactar negativamente os preços na Bolsa de Chicago. Nesta terça-feira (15/10), os contratos para novembro fecharam em queda de 0,50%, com a cotação de US$ 9,91 por bushel. Após uma alta significativa de quase 5% em setembro, fundos de investimento passaram a apostar na previsão de chuvas no Brasil para pressionar o mercado. Daniele Siqueira, analista da AgRural, destaca que a expectativa de melhora no clima e o avanço no plantio brasileiro levaram os fundos a vender contratos futuros.
Além disso, o fortalecimento do dólar em relação a outras moedas mundiais contribuiu para o movimento de baixa. A colheita acelerada nos Estados Unidos também poderia justificar o recuo, mas o foco agora se volta à demanda por soja americana e à produção no Brasil. A semeadura da soja no Brasil alcançou 8,2% da área estimada para 2024/25, superando os 4,5% da semana anterior, embora ainda atrás dos 17% de um ano atrás.
🌽 Milho segue em queda com influência de petróleo e previsões de safra no Brasil
Os contratos de milho para dezembro caíram 1,71%, encerrando a US$ 4,0125 o bushel, influenciados pela queda de 4% no preço do petróleo e pelas previsões de safra no Brasil. A colheita da safrinha brasileira para 2024/25 está estimada em 94,63 milhões de toneladas, superando o ciclo anterior. Nos EUA, a demanda por milho segue em baixa, com exportações caindo 54,5% na semana encerrada em 10 de outubro.
🌾 Trigo também recua com melhora climática na Rússia
O trigo fechou o dia em queda de 0,98%, com o contrato para dezembro cotado a US$ 5,7950 por bushel. A melhora no clima na Rússia, o maior exportador mundial de trigo, impulsionada pelas chuvas nas regiões produtoras, foi um dos principais fatores por trás da desvalorização, junto à queda nos preços do petróleo.