Apesar da previsão de quebra na safra de soja, os Portos do Paraná esperam receber em 2024 um volume semelhante ao do ano anterior, que foi recorde. A soja é o principal produto movimentado nos Portos de Paranaguá e Antonina, representando 32% do total. O crescimento em 2023 foi de 43% em comparação com 2022, impulsionado por uma safra recorde. O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, indicou que Paraná e Mato Grosso do Sul, principais origens da soja escoada, não devem ter uma quebra tão significativa quanto Mato Grosso, que utiliza principalmente os portos de Santos e do Arco Norte para suas cargas.
Garcia afirmou que as primeiras movimentações com soja em maior volume devem começar em março, e a expectativa é de um bom movimento, dependendo dos preços no mercado internacional. Ele destacou que a estrutura do terminal paranaense atenderá às necessidades da safra atual. Em março, o Porto de Paranaguá iniciará a construção do projeto “moegão”, com investimentos do BNDES, para a instalação de um sistema de descarga ferroviária de grãos e farelos, que deve aumentar significativamente a capacidade de desembarque de cargas pelo modal ferroviário. A obra unificará os 11 terminais do Porto de Paranaguá, facilitando o transporte de cargas para dentro de cada terminal. A previsão é que a obra seja concluída em 20 meses.