O mercado brasileiro de soja registrou alta nos preços nesta terça-feira (3/12), com o indicador do Cepea para o Porto de Paranaguá (PR) avançando 0,37% em relação ao dia anterior, atingindo R$ 145,57 por saca de 60 kg. Este patamar de preço se mantém estável há três dias, acumulando uma alta de 2,25% em novembro.
A valorização do dólar, que ultrapassou os R$ 6 nas últimas sessões, tem sido um dos principais fatores de estímulo às exportações. Apesar da leve retração de 0,21% nesta terça-feira, fechando a R$ 6,05, a moeda americana continua favorecendo a competitividade da soja brasileira no mercado internacional, enquanto encarece importações.
Segundo o Cepea, a taxa de câmbio incentivou os negócios com soja, mesmo diante da expectativa de uma safra recorde que poderia pressionar os preços. Em novembro, a cotação média da saca atingiu R$ 140,46, o maior valor do ano em termos reais (descontada a inflação).
Cotações em outras regiões
Levantamento da Scot Consultoria aponta os seguintes preços para a soja em diferentes praças do país:
- Luís Eduardo Magalhães (BA): R$ 135,50
- Rio Verde (GO): R$ 138
- Balsas (MA): R$ 127
- Triângulo Mineiro (MG): R$ 139
- Dourados (MS): R$ 137
Nos portos, os valores permanecem elevados:
- Santos (SP): R$ 143
- Rio Grande (RS): R$ 145
Mercado internacional
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos de soja para janeiro tiveram alta de 0,66%, negociados a US$ 9,9175 por bushel. O mercado internacional reagiu principalmente à valorização do óleo de soja, que influenciou positivamente os preços da oleaginosa.
O cenário atual mantém o setor atento à evolução do câmbio e às projeções de safra, que podem alterar a dinâmica de preços no mercado interno e externo nos próximos meses.