O preço da soja no mercado interno brasileiro atingiu o menor nível desde abril, na quarta-feira (14/8). De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a saca de 60 quilos foi cotada a R$ 128,12 no Porto de Paranaguá, registrando uma queda de 2,17% em relação ao dia anterior (13/8). No acumulado do mês, a desvalorização já atinge 6,60%.
Levantamento da Scot Consultoria também aponta quedas significativas em outras regiões do Brasil. Em Luís Eduardo Magalhães (BA), a saca foi negociada a R$ 115,50; em Rio Verde (GO), a R$ 115; em Balsas (MA), a R$ 110; no Triângulo Mineiro, a R$ 116; e em Dourados (MS), a R$ 119. Nos portos, o cenário também é de baixa, com cotações de R$ 132,50 em Santos (SP) e R$ 130 em Rio Grande (RS).
Esse movimento de queda no mercado interno ocorreu apesar da alta nas cotações internacionais. Na quarta-feira, os preços da soja subiram 0,62% na Bolsa de Chicago, alcançando US$ 9,6850 por bushel nos contratos com vencimento em novembro. Segundo a consultoria Agrifatto, esse aumento está relacionado à valorização do farelo de soja, que registrou alta de 2% no mesmo dia. No entanto, o valor ainda é o mais baixo em quatro anos, mantendo a tendência de queda. Em agosto, o mercado internacional acumula uma baixa de 6,14%, conforme dados do Valor Data.
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A semana foi marcada por novas projeções de safra. Na segunda-feira (12/8), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou a colheita 2024/25 em 124,9 milhões de toneladas, superando as expectativas do mercado, que eram de 121,63 milhões.
Na terça-feira, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atualizou as projeções da safra brasileira 2023/24, indicando uma produção total de grãos de 298,6 milhões de toneladas, uma queda de 6,6% em relação à temporada anterior. A colheita de soja, já concluída, foi estimada em 147,38 milhões de toneladas, 4,7% abaixo da temporada 2022/23.
