Os preços da soja apresentaram uma reação significativa no mercado doméstico ao longo da última semana, impulsionados por preocupações em relação à produtividade da safra 2023/24. Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destacam que o clima adverso afastou produtores das negociações envolvendo grandes lotes no spot, contribuindo para um cenário de alta nos preços.Apesar das chuvas recentes nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil terem beneficiado as atividades de campo, a umidade do solo ainda se encontra abaixo do adequado para o desenvolvimento da cultura da soja.
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Essa condição tem gerado apreensão entre os produtores, que permanecem cautelosos nas negociações diante da incerteza em relação às condições climáticas futuras.No cenário internacional, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para baixo a projeção da produção brasileira de soja em 2 milhões de toneladas em relação ao indicado em novembro. A nova estimativa é de 161 milhões de toneladas, ainda assim, representando um volume recorde. Essa revisão do USDA adiciona um elemento adicional de pressão sobre os preços, considerando que a produção pode ser menor do que inicialmente previsto.
Além disso, o movimento de alta nas cotações internas da oleaginosa também está relacionado a estimativas que indicam uma demanda crescente por parte da China na temporada 2023/24. O mercado tem reagido positivamente a sinais de uma demanda robusta do maior importador global de soja, o que contribui para o otimismo entre os produtores e comerciantes.