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Grãos

Preços de soja, milho e trigo caem no primeiro semestre; entenda

Preços de soja, milho e trigo caem no primeiro semestre; entenda

Os preços de soja, milho e trigo, grãos negociados na bolsa de Chicago, encerraram o primeiro semestre de 2024 em queda, continuando a tendência descendente observada desde o ano passado. Essa queda é atribuída principalmente às boas perspectivas para a safra 2024/25 nos Estados Unidos.

Trigo

Os contratos de segunda posição de entrega do trigo registraram uma queda de 1,5% no primeiro semestre, com uma média de US$ 6,1826 por bushel, conforme dados do Valor Data. A queda acentuada de 8,49% em junho foi um fator crucial para o declínio no semestre. O rápido avanço da colheita de trigo de inverno nos EUA e a qualidade satisfatória das lavouras pressionaram as cotações para baixo. Jonathan Pinheiro, analista de gestão de risco da StoneX, explicou que o início da colheita em importantes regiões produtoras foi determinante para a desvalorização do cereal.

Na Rússia, as primeiras áreas colhidas apresentaram uma produtividade muito boa, mesmo após uma seca que afetou o desenvolvimento das lavouras. Agora, o mercado prevê uma safra entre 83 milhões e 85 milhões de toneladas, superando a previsão anterior de 80 milhões a 82 milhões de toneladas. Este desempenho deve aumentar as exportações de trigo russo, segundo Pinheiro.

Soja e Milho

Apesar do período de entressafra de soja e milho nos EUA, os preços dessas commodities também recuaram em Chicago no mês passado, com quedas de 4,91% e 4,34%, respectivamente. O bom ritmo de plantio e as condições climáticas favoráveis para as lavouras impediram aumentos nas cotações.

A soja acumulou uma queda de 12,26% no primeiro semestre, atingindo US$ 11,6205 por bushel, enquanto o milho caiu 8,36%, para US$ 4,4530 por bushel. Nos últimos 12 meses, as cotações médias dos contratos de segunda posição de entrega de soja, milho e trigo diminuíram 13,62%, 19,4% e 8,13%, respectivamente, segundo o Valor Data.

Essa queda nas cotações reflete as boas perspectivas de produção e as condições favoráveis nos principais países produtores, que têm exercido pressão sobre os preços dos grãos.