Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Grãos

Preços dos grãos caem na Bolsa de Chicago e soja brasileira segue com valorização

Preços dos grãos caem na Bolsa de Chicago e soja brasileira segue com valorização

A Bolsa de Chicago registrou queda nos preços dos grãos na abertura desta quinta-feira (3/10), refletindo o avanço da colheita nos Estados Unidos. A soja para novembro teve uma desvalorização de 0,91%, sendo negociada a US$ 10,6450 por bushel. De acordo com a consultoria Granar, o tempo seco em grande parte do território norte-americano está favorecendo a colheita recorde, contribuindo para a baixa nos preços. Além disso, a demanda chinesa permanece estável, com o país em um período de feriado nacional.

No Brasil, espera-se que chuvas mais expressivas comecem na próxima terça-feira (8/10), o que deve ajudar a encerrar o ciclo seco atual e gerar um viés baixista no mercado interno.

Os contratos futuros de milho também recuaram, com queda de 0,33% para dezembro, cotados a US$ 4,4850 por bushel. As boas condições climáticas nos Estados Unidos favorecem o ritmo da colheita, e a realização de lucros pelos investidores contribuiu para a leve retração. O trigo, por sua vez, manteve-se relativamente estável, com uma leve baixa de 0,04%, sendo negociado a US$ 6,37 por bushel para entrega em dezembro. A realização de lucros foi o principal motivo das quedas, mas os fundamentos permanecem inalterados. A escassez de chuvas na Rússia e nos Estados Unidos, que afeta o plantio das variedades de inverno, e a diminuição das exportações da União Europeia, seguem como pontos de atenção.

Apesar da queda nos mercados internacionais, os preços da soja mostraram valorização em algumas regiões brasileiras. Em Mato Grosso, maior produtor nacional, a soja foi cotada a R$ 128,16 por saca de 60 quilos na quarta-feira (2/10), uma alta de 0,38% em relação ao dia anterior, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O plantio da safra 2024/25, no entanto, está atrasado em relação à temporada passada. Até 27 de setembro, apenas 0,53% da área prevista havia sido plantada, 3,66 pontos percentuais abaixo do mesmo período de 2023.

No Paraná, a soja também registrou valorização. Em Cascavel, a saca de 60 quilos foi cotada a R$ 128, com alta de 0,79% no comparativo diário, e em Toledo, o valor subiu 0,47%, para R$ 127,50. No entanto, o plantio tem perdido ritmo no Estado, conforme relatório do Departamento de Economia Rural (Deral), devido à espera por chuvas mais abundantes.

Já no Rio Grande do Sul, o cenário foi de desvalorização. Em Passo Fundo e Não-me-toque, a saca foi cotada a R$ 121,50, uma queda de 0,38% e 0,41%, respectivamente.

Em outras regiões do Brasil, a Scot Consultoria indicou preços variados: Luís Eduardo Magalhães (BA) viu alta de 0,39%, com a saca a R$ 129,50; Rio Verde (GO), a R$ 135; e Balsas (MA), a R$ 122 (+0,41%).

Nos portos, os preços da soja mantiveram-se elevados, com a saca cotada a R$ 141 em Santos (SP) e a R$ 142 em Rio Grande (RS). Em Paranaguá (PR), houve uma leve queda de 0,13%, com a saca valendo R$ 140,63, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).