A diminuição nas colheitas de soja e milho pode resultar em um impacto de US$ 17 bilhões na balança comercial, com os preços mais baixos dos grãos desestimulando a produção para o mercado externo.
As perspectivas desfavoráveis para as safras de soja e milho no Brasil estão projetadas para influenciar negativamente a balança comercial do país. Considerando as projeções atuais de preço, produção e exportação para ambos os grãos, a Pine Agronegócios estima uma perda de US$ 17,74 bilhões na balança comercial em 2024, representando uma diminuição de 5,16% em relação ao encerramento do ano anterior.
O preço médio mais baixo da soja e do milho tende a desencorajar os produtores rurais a direcionarem sua produção para o mercado externo, dependendo da margem de lucro. Simultaneamente, essa redução de preço pode conferir maior competitividade ao produto brasileiro quando a demanda está aquecida, destaca a Pine em seu relatório.
Notícias Relacionadas
- Clique aqui e garanta já a sua inscrição para a AveSui. O segundo lote encerra em 29 de fevereiro. Não perca!
De acordo com os cálculos da empresa, o preço médio da soja reduziu de US$ 0,52 por quilo em 2023 para uma projeção de US$ 0,43 por quilo neste ano. Quanto ao milho, o valor diminuiu de US$ 0,24 por quilo para US$ 0,22 na mesma comparação.
Apesar do impacto negativo na balança comercial, a Pine sugere que o resultado projetado para 2024 representa uma leve correção em relação aos últimos dois anos, nos quais a produção e as exportações superaram a média.
A consultoria ressalta que o problema está na baixa margem dos produtores, que enfrentam custos elevados de insumos e passam por um momento de baixos preços de venda, comprometendo suas margens. O último relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a safra de grãos brasileira prevê uma colheita de soja de 155,3 milhões de toneladas, um aumento de 0,4% em relação à temporada 2022/23. Entretanto, algumas empresas privadas projetam uma safra abaixo de 150 milhões de toneladas. Quanto ao milho, cujas estimativas são preliminares, a produção brasileira é esperada para totalizar 117,6 milhões de toneladas, uma redução de 11% em comparação com a safra anterior.
