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Agroeconomia

Queda nas commodities agrícolas marca Agosto nas bolsas internacionais

Reuters
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Em agosto, a maioria das commodities agrícolas registrou quedas significativas nas bolsas internacionais, com destaque para a soja e o açúcar, produtos nos quais o Brasil é líder mundial. De acordo com dados do Valor Data, essa tendência foi reforçada por projeções otimistas para a colheita nos Estados Unidos e condições climáticas favoráveis em outras regiões produtoras.

A soja, negociada na bolsa de Chicago, teve uma queda de 8,96% nos contratos de segunda posição, com o bushel atingindo uma média de US$ 9,8459, valor que não era visto há quase quatro anos. Essa baixa foi impulsionada pelas estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que previu uma colheita recorde de 124,9 milhões de toneladas para a safra 2024/25, superando as expectativas dos analistas.

Já o açúcar, que inicialmente viu uma alta nas cotações após incêndios em canaviais no Brasil, terminou o mês com uma queda de 4,68% na bolsa de Nova York, fechando a 18,73 centavos de dólar por libra-peso. Essa desvalorização reflete as boas condições de produção na Ásia, principalmente na Índia, segundo maior produtor mundial de açúcar.

Outras commodities também seguiram a tendência de baixa. O milho caiu 2,29% em Chicago, para uma média de US$ 3,9744 o bushel, enquanto o trigo recuou 2,55%, para US$ 5,5123 o bushel. O cacau, após atingir picos em abril, recuou 3,10% em agosto, negociado a US$ 7.261 a tonelada. O algodão registrou uma queda de 2,40%, com contratos negociados a 68,66 centavos de dólar por libra-peso.

Por outro lado, algumas commodities registraram valorização. O suco de laranja concentrado e congelado subiu 2,65% em Nova York, atingindo US$ 4,4225 a libra-peso. O café também apresentou alta de 1,94%, com a média da libra-peso chegando a US$ 2,4066, impulsionada por preocupações com o clima seco e geadas nos cafezais brasileiros.

Essa dinâmica de mercado ressalta a volatilidade das commodities agrícolas e a influência decisiva das condições climáticas e das expectativas de safra nos preços internacionais.