O mercado de soja registrou queda nos preços nesta quarta-feira (18/12) na maior parte das praças brasileiras, influenciado por um novo dia de baixa no mercado internacional. Apesar da valorização do dólar, que atingiu R$ 6,27 na máxima do dia no Brasil, o ajuste negativo no preço do grão prevaleceu.
O indicador do Cepea, com base no corredor de exportação de Paranaguá (PR), fechou a R$ 139,44 por saca de 60 quilos, uma redução de 1,29% em relação ao dia anterior e queda acumulada de 4,26% no mês. No mercado de lotes no Paraná, a referência ficou em R$ 136,87 por saca, recuo de 0,44% em um dia e de 2,6% no mês.
Levantamento da Scot Consultoria mostrou retrações em outras regiões do país. Em Luís Eduardo Magalhães (BA), a saca caiu 1,53%, para R$ 129. Em Rio Verde (GO), o recuo foi de 0,37%, para R$ 136. No Triângulo Mineiro, os preços permaneceram estáveis em R$ 145. Já em Dourados (MS), houve queda de 0,75%, com a saca cotada a R$ 133. Nos portos, a saca foi negociada a R$ 140 em Santos (SP) (-0,71%) e a R$ 141 em Rio Grande (RS) (-0,35%).
Pressão no Mercado Internacional
No cenário global, a valorização do dólar foi um fator de pressão sobre as commodities agrícolas. O Dollar Index, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas, subiu mais de 1%, impulsionado por ajustes nas expectativas em relação à política monetária dos EUA.
Além disso, os derivados de soja também registraram baixas significativas, com óleo e farelo caindo mais de 2% nos principais contratos na bolsa de Chicago. Os contratos futuros de soja seguiram essa tendência, com o vencimento janeiro recuando 2,56%, para US$ 9,5275/bushel, e março caindo 2,61%, para US$ 9,5325/bushel, mantendo todos os vencimentos abaixo de US$ 10/bushel.
O cenário atual reflete o impacto combinado de fatores internos e externos, reforçando a volatilidade no mercado de soja. A atenção agora se volta às condições do mercado internacional e às políticas econômicas no Brasil, que podem influenciar diretamente os preços nos próximos dias.