O mercado de grãos começou a semana em baixa na bolsa de Chicago devido ao avanço do plantio de soja no Brasil e à queda expressiva nos preços do petróleo. Os contratos de soja para novembro fecharam a segunda-feira (28/10) com queda de 1,15%, cotados a US$ 9,86 o bushel. Segundo Leandro Guerra, da LC Guerra Corretora de Cereais, as chuvas recentes beneficiaram o ritmo de semeadura em Mato Grosso, onde o plantio alcançou 55,73% da área, segundo o Imea, reduzindo a defasagem frente à média histórica.
O petróleo, que caiu mais de 5%, também contribuiu para a queda da oleaginosa, uma vez que desvaloriza o óleo de soja no mercado. Sem indicativos de problemas significativos na oferta, a tendência permanece de pressão baixista, com expectativa de preços próximos a um piso de US$ 9,50 por bushel.
Milho e Trigo Acompanham Queda
O milho seguiu a mesma tendência, com contratos para dezembro recuando 1,08%, cotados a US$ 4,1075 o bushel. Arlan Suderman, da StoneX, destacou que uma colheita recorde nos EUA e boas condições de plantio na América do Sul têm limitado a recuperação de preços. Para manter o equilíbrio nos estoques e evitar queda adicional nas cotações, uma forte demanda global seria essencial.
No mercado de trigo, o primeiro pregão da semana também trouxe queda de 1,80%, com o cereal cotado a US$ 5,5875 o bushel. Consultores da Granar apontam previsões de chuva nas Grandes Planícies dos EUA, onde ocorre o plantio, e os embarques elevados de trigo da Rússia e Ucrânia como fatores de pressão sobre os preços.
Essas condições sugerem um cenário de oferta favorável, o que mantém o mercado em baixa tanto para soja, milho e trigo, com pouco espaço para recuperação nas cotações no curto prazo.