Uma nova cultivar de trigo, a BRS Coleiro, foi lançada no início de agosto, destacando-se por sua adaptação a diferentes condições de cultivo, qualidade industrial e altos ganhos em produtividade. Desenvolvida em parceria entre a Embrapa e a Fundação Meridional, a cultivar mostrou resultados impressionantes nos testes de campo realizados ao longo das últimas três safras, especialmente nos estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina.
No Paraná, a produtividade média da BRS Coleiro atingiu 4.922 kg/ha, 5.624 kg/ha e 4.083 kg/ha nas três regiões de indicação, superando a média estadual de 2.560 kg/ha na safra 2023. Em Santa Catarina, a produtividade foi ainda mais alta, com médias de 6.959 kg/ha e 4.468 kg/ha nas duas regiões de recomendação, contrastando com a média estadual de 2.150 kg/ha. Em São Paulo, a cultivar alcançou 5.555 kg/ha, também superando a média estadual de 3.050 kg/ha.
Com porte médio, ampla adaptabilidade e ciclo precoce, a BRS Coleiro promete melhorar a janela de semeadura e o planejamento da safra de soja. Além disso, a cultivar apresenta grãos extra duros, alta força de glúten e boa estabilidade da farinha, tornando-a ideal para a produção de massas, pães industriais e misturas com farinhas mais fracas.
A sanidade da planta é outro ponto forte da BRS Coleiro, que é resistente ao oídio e moderadamente resistente à giberela e às manchas foliares. Com essas características, a nova cultivar não só promete elevar a produtividade, mas também otimizar o uso de insumos agrícolas, como fertilizantes e fungicidas.
A Fundação Meridional, que comemora 25 anos de parceria com a Embrapa Soja em 2024, aposta no sucesso comercial da BRS Coleiro, destacando-a como um avanço significativo no melhoramento genético do trigo. A expectativa é que a nova cultivar conquiste uma fatia significativa do mercado nas próximas safras, impulsionada por seu potencial produtivo e qualidade industrial.