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Grãos

Soja e milho recuam em Chicago enquanto trigo avança

Soja e milho recuam em Chicago enquanto trigo avança

A semana começou com queda para soja e milho na Bolsa de Chicago, enquanto o trigo apresentou alta. Segundo a consultoria Granar, a soja para novembro teve recuo de 0,6%, sendo negociada a US$ 10,36 por bushel. A baixa é atribuída à realização de lucros pelos investidores e às melhores condições climáticas no cinturão de produção dos Estados Unidos, o que acelerou a colheita. Além disso, o mercado está atento à entrada da nova safra no circuito comercial e à demanda chinesa.

Outro fator de pressão sobre a soja foi a previsão de normalização das chuvas nas principais regiões produtoras do Brasil, o que contribuiu para a tendência de baixa.

O milho para dezembro registrou queda de 0,24%, cotado a US$ 4,1075 por bushel, influenciado pelo progresso da colheita nos EUA e pela maior oferta de grãos novos. A Argentina também revisou para cima sua projeção de produção de milho para a safra 2024/25, prevendo 52 milhões de toneladas, superando a estimativa do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) de 51 milhões, o que aumentou a pressão sobre os preços.

Trigo se valoriza com incertezas globais

O trigo, no entanto, operou em alta. Os contratos para dezembro subiram 0,43%, refletindo a desaceleração das exportações dos EUA e a queda na oferta exportável da União Europeia. Apesar disso, a competitividade nos embarques da região do Mar Negro, envolvendo Rússia e Ucrânia, limitou a alta.

Mais tarde, a soja reverteu parte da queda inicial e fechou com alta de 1%, cotada a US$ 10,5325 por bushel, segundo a consultoria Agrifatto. Esse avanço foi impulsionado pelas condições climáticas no Centro-Oeste do Brasil, onde o clima quente e seco segue afetando a produção.

Milho e trigo em alta no fechamento

Os lotes de milho para dezembro encerraram o pregão com alta de 0,85%, sendo cotados a US$ 4,1525 por bushel. O Itaú BBA destacou que, apesar de o Brasil ter dobrado sua produção de milho nos últimos 20 anos, o país enfrenta uma das piores secas de sua história, afetando a safrinha e gerando preocupações sobre a disponibilidade global para 2024/25.

Por fim, os futuros do trigo para dezembro subiram 1,95%, fechando a US$ 5,8925 por bushel. A alta foi impulsionada pela expectativa de uma revisão para baixo na produção de trigo dos EUA e pelo menor progresso no plantio de trigo de inverno na Rússia, que enfrenta seca nas principais regiões produtoras.