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Grãos

Soja, milho e trigo abrem em alta na Bolsa de Chicago em dia de relatório do USDA

Soja, milho e trigo abrem em alta na Bolsa de Chicago em dia de relatório do USDA

Nesta quinta-feira (5), os mercados de soja, milho e trigo abriram em alta na Bolsa de Chicago (CBOT), influenciados por fatores como relatórios de exportação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e condições climáticas globais.

Os contratos futuros da soja para março registraram alta de 0,53%, cotados a US$ 9,95 por bushel. O crescimento das exportações semanais, que somaram 2,4 milhões de toneladas na semana encerrada em 28 de novembro, com a China respondendo por 50% do total, foi um dos fatores de suporte. No entanto, as vendas líquidas recuaram 7% na comparação semanal, totalizando 2,3 milhões de toneladas.

A proposta do ex-presidente Donald Trump de impor tarifas à China, afetando a competitividade do óleo de cozinha usado em biocombustíveis, também impacta o mercado. O analista Jack Scoville, do The Price Futures Group, avaliou que a medida pode beneficiar o óleo de soja como alternativa para o setor.

Por outro lado, as boas condições climáticas na América do Sul e expectativas de uma safra robusta no Brasil, estimada em até 175 milhões de toneladas, limitam os ganhos no mercado internacional.

O milho para março avançou 0,35%, alcançando US$ 4,315 por bushel. O desempenho foi apoiado pelo crescimento das vendas líquidas, que subiram 63% na semana, enquanto as exportações totais cresceram 3%.

Apesar disso, o mercado enfrenta pressão com a redução na produção diária de etanol nos Estados Unidos, registrada ontem, após duas semanas consecutivas de recordes. A força do dólar frente ao real e o avanço da safra sul-americana também impactam os preços.

Os contratos de trigo para março subiram 0,41%, sendo cotados a US$ 5,505 por bushel. As cotações refletem as condições climáticas adversas na Rússia e na Argentina, somadas à decisão do governo russo de reduzir a cota de exportação para 11 milhões de toneladas e aumentar os impostos sobre vendas externas.

Nos Estados Unidos, as boas condições de cultivo em áreas como as Grandes Planícies limitaram os avanços, mesmo com uma queda de 26% nas exportações semanais. As vendas líquidas cresceram 3% em relação à semana anterior, mas recuaram 10% na média das últimas quatro semanas.

A volatilidade do mercado de grãos segue influenciada por fatores climáticos, geopolíticos e comerciais, com exportações e questões regulatórias desempenhando papel central. O Brasil, com projeções de safra expressivas, permanece como um importante contraponto ao cenário global de oferta e demanda.