Redação (31/03/06) – A colheita de soja em Mato Grosso chega a sua reta final e o último levantamento de safra, feito em 9 grandes municípios produtores do Estado (Campo Novo do Parecis, Campo Verde, Ipiranga do Norte, Lucas do Rio Verde, Primavera do Leste, Rondonópolis, Sapezal, Sinop e Sorriso), aponta para 85% da área colhida.
A média de produtividade obtida no Estado gira em torno de 46 sc/ha, indicando que a produção de soja mato-grossense dificilmente ultrapassará 16,3 milhões de toneladas, o que representa uma queda em torno de 7,91% em relação à Safra 2004/2005, quando foram colhidas 17,7 milhões de toneladas. Confirmados estes números, teremos a menor produtividade desde 1997, quando a média colhida no Estado chegava a 45/46 sacas por ha.
Além das perdas decorrentes da valorização cambial, os custos de produção é outro gargalo desta safra, plantada com baixa tecnologia, dificuldades de financiamento e de comercialização. A elevação do preço do diesel e o aumento do número médio de aplicações de fungicidas para prevenção e controle da ferrugem asiática, que atingiu 2,5 aplicações no Estado, extrapolaram o orçamento inicial da safra, agravando os problemas de liquidez do agricultor.
O município de Lucas do Rio Verde finalizou a colheita de soja com uma média de 49 sc/ha. O controle da ferrugem asiática exigiu em média 2 aplicações no município e fora estes gastos, os produtores tiverem que despender recursos para o controle da mosca branca. Já em Rondonópolis, município de plantio tardio em relação aos demais do Estado, apenas 40% da área já foi colhida e a produtividade gira em torno de 46 a 47 sc/ha.