Da Redação 03/02/2003 – A análise é do superintendente comercial da Cooperativa Agropecuária Mourãoense (Coamo), Roberto Petrauskas. Segundo ele, o mercado do farelo de soja vem se mantendo firme e deve continuar assim até a entrada da próxima safra, a partir de 15 de março. `Até lá não deverá ocorrer nenhuma grande mudança no quadro`, ressalta. A tonelada do farelo vem sendo comercializada entre R$ 660,00 e R$ 680,00, um preço considerado `bom` pelo mercado. `A maior influência dos preços no mercado interno é a produção de frangos e suínos`, lembra Petrauskas. Fatores internacionais, porém, também podem influenciar já que a maior parte do farelo brasileiro é exportada. Na variável externa contribuem: aumento ou redução das compras pela União Européia; as exportações norte-americanas para a UE e China, e a variação do câmbio, cujo comportamento está sujeito a fatores alheios ao mercado de commodities, como o conflito armado no Golfo, por exemplo.
`A influência externa nos preços é puramente demanda internacional`, explica Petrauskas. Como 80% do farelo exportado acaba desembarcando na Europa, será a demanda européia que definirá se haverá ou não influência nos preços internos. Certo, por enquanto, só a projeção de aumento da exportação do farelo nacional.
A previsão para a safra 2002/2003 é que 65% do farelo produzido seja exportado, deixando apenas 35% para o mercado interno. Isso significa que as exportações devem atingir 15 milhões de toneladas, um volume 16% maior do que na safra passada. Apesar de menor, também haverá crescimento – cerca de 5% – no mercado interno.