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Agroceres retomará o negócio de sementes

A divisão foi reativada em função dos pedidos dos suinicultores e avicultores clientes da Agroceres, que também plantam o insumo para a ração dos animais.

Da Redação 04/04/2003 – A Agroceres, empresa de capital nacional, retomará o negócio de sementes no Brasil cinco anos depois de vender esse tipo de operação para a norte-americana Monsanto.

A nova divisão de sementes da Agroceres levará o nome de Biomatrix. A divisão teve de ser rebatizada uma vez que na época em que se desfez da operação para a Monsanto, a companhia negociou os direitos sobre o uso do nome. A partir de então, a marca Agroceres ficou restrita a genética de suínos e aves e a rações.

A nova fábrica estará em funcionamento ainda este ano na cidade de Patos de Minas (MG), onde está localizada a divisão de genética de suínos e aves da empresa.

Inicialmente serão comercializadas apenas sementes de milho e sorgo. A divisão foi reativada em função dos pedidos dos suinicultores e avicultores clientes da Agroceres, que também plantam o insumo para a ração dos animais.

Diante da demanda insistente, a empresa resolveu investir outra vez no segmento. Os valores de produção e investimentos não foram divulgados. A Biomatrix irá funcionar em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que possui o maior banco de variedades de sementes do Brasil. A Embrapa irá disponibilizar as sementes e a tecnologia e a Agroceres fará a parte de distribuição e comercialização do produto. Inicialmenete a produção será pequena, apenas para atender à demanda dos clientes, mas, como qualquer empresa, a Agroceres pensa em expandir o negócio, o que ocorrerá a longo prazo. Segundo dados do Ministério da Agricultura, o setor de sementes movimenta cerca de US$ 1,2 bilhão por ano, gera 300 mil empregos diretos e indiretos e coloca o Brasil na posição de segundo no ranking mundial de produção. Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Sementes (Abrasem), a produção no ano passado ficou em 1,5 milhão de toneladas, apurando crescimento de 25%. O mercado possui o total de 459 empresas que são filiadas à associação.