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Alta do milho

"Apetite" da China ajuda a sustentar preço do milho a bolsa de Chicago (EUA), mesmo com as turbulências financeiras europeias.

Alta do milho

A elevação da demanda da China por milho americano garantiu a alta das cotações do grão ontem na bolsa de Chicago. No último mês, os chineses adquiriram pelo menos 15 carregamentos do produto colhido nos EUA, oferecendo sustentação aos preços mesmo com as turbulências financeiras europeias.

Ontem, em Chicago, os contratos com vencimento em julho (que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez) fecharam a US$ 3,7825 por bushel, ganho de 1,25 centavo. A alta foi limitada por vendas lideradas por produtores, de acordo com a agência Dow Jones Newswires.

Segundo o analista Paulo Molinari, da Safras&Mercado, esse recente apetite chinês por milho no mercado internacional é pontual. Assim, o Brasil, que precisa elevar seus embarques, só conseguirá aproveitar a onda se o governo promover logo leilões de PEP (prêmio para escoamento da produção). O PEP é um instrumento que embute subsídio ao frete e foi criado para viabilizar a comercialização de áreas com logística difícil, como Mato Grosso. Em 2009, foi o PEP que permitiu ao país exportar 7,8 milhões de toneladas.

Molinari diz que a China está importando mais porque em 2009 o governo comprou o cereal dos produtores para garantir preços e enxugou demais o mercado. Estima-se que o país vai comprar até 4 milhões de toneladas este ano. A China tem estoque de 53,3 milhões de toneladas, consumo de 155 milhões e deve produzir 166 milhões em 2010/11.