Elias Antunes cuida com gosto da granja que tem em Avaré, no sudoeste paulista. As galinhas que produzem mais de duas mil caixas de ovos por dia, consomem 190 toneladas de milho diariamente. Elias até tenta diminuir os custos produzindo a ração na própria fazenda e armazenando uma parte nos silos, mas mesmo assim, reclama do preço.
E não é à toa, hoje a saca de 60 quilos do milho é vendida por até R$ 30 na região, 20% mais que no mesmo período do ano passado.
Para diminuir os custos, alguns produtores estão reduzindo também o tempo de engorda da ave. Em uma propriedade em Pereiras, o frango caipira que antes era vendido com 90 dias, hoje sai da granja com 74 dias. Acaba ficando menor, mas come menos.
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Esta foi a alternativa adotada por Geraldo Tomazella, que teve de reduzir o plantel pela metade para evitar os prejuízos. Ele ficou com apenas oito mil aves e ainda está preocupado. “A margem de lucro é estreita, o ideal seria o preço do frango subir”, conta.
O agrônomo e professor de comercialização agrícola da Faculdade de Tecnologia de São Paulo, a Fatec, Fábio Entelmann, fala sobre o preço do milho e a expectativa para o mercado das aves nos próximos dias.
