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Aprosoja e Asa assinam termo de cooperação mútua em busca de novos mercados à soja

<p>O termo, que tem o objetivo de trabalhar em prol da abertura de novos mercados à soja buscando, inclusive, a derrubada de barreiras tarifárias ou não, foi assinado durante viagem à Índia.</p>

Redação (20/12/06)- A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja) assinou, na última sexta-feira (15.12), contrato de cooperação mútua com a Associação Americana de Produtores de Soja (Asa). Esta viagem foi de extrema importância para nós produtores. E o melhor de tudo é que produtor se entende em qualquer lugar do mundo, exclama o presidente da Aprosoja, Rui Ottoni Prado. Além dos brasileiros e americanos, argentinos e paraguaios também participam do acordo.

Rui Prado e Curt Rasch mostram o acordo

Cada país irá formar uma Comissão para discutir e analisar o assunto. A idéia é que a soja seja cada vez mais divulgada no mundo. No Brasil, o vice-diretor administrativo da Aprosoja/MT, Ricardo Arioli da Silva coordenará os trabalhos. Esse momento foi histórico. Agora existe uma frente de trabalho dos produtores de soja dos quatro países que assinaram acordos, Brasil, Argentina, Paraguai e Estados Unidos. Estes países juntos representam praticamente 90% da produção de soja mundial, comemora Arioli.

MERCADO

A Índia é um mercado atrativo porque é considerado um país emergente e deverá ultrapassar a China em população até 2040. O país cresce a taxas anuais de cerca de 9,4%. A população indiana é de 1,1 bilhões de pessoas, contra 1,3 bilhões de chineses. O consumo de soja e derivados na Índia cresceu de 757 mil de toneladas em 96/97 para 2.703 milhões de toneladas em 2004/2005, um acréscimo de 360%. O consumo per capita de soja na Índia é de 5,5 kg/habitante ano, contra 35,7 kg/hab ano na China, 161,5 no Brasil e 170,7 nos EUA.

Até 2010, na previsão dos americanos, a Índia deverá estar consumir internamente toda sua produção de soja, hoje estagnada em 7 milhões de toneladas, em função do pequeno tamanho das propriedades rurais, baixo uso de tecnologia e falta de novas terras para serem colocadas em produção. A exemplo do que aconteceu na China, que hoje importa 45% de toda a soja mundial, isto deverá acontecer também na Índia. O mercado de soja na Índia poderá significar no futuro para os países produtores de soja.

O convite para conhecer in loco o trabalho feito pelos americanos para divulgação da soja na Índia foi feito durante a reunião do Conselho de Exportação (Ussec) realizada em agosto deste ano em Saint Louis, Estados Unidos. A delegação mato-grossense foi formada pelo Secretário de Desenvolvimento Rural do MT, Cloves Vettorato, presidente da Aprosoja-MT, Rui Prado, diretor administrativo, Ricardo Tomczyk, diretor tesoureiro, Eraí Maggi, vice diretor administrativo, Ricardo Arioli Silva, e diretor tesoureiro do Facs, Valdir Corrêa da Silva. Na volta ao Brasil, os produtores também visitaram o porto de Rotterdã na Holanda, maior porto de cargas do mundo e principal porta de entrada da soja brasileira na Europa.