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Aprosoja lança Projeto Classificação de Grãos em parceria com a UFMT

<p>Aumento da produtividade e gestão sustentável são as metas buscadas pela Entidade.</p>

Redação (18/12/2007)- O vice-presidente Leste da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT), o engenheiro agrônomo Ricardo Arioli Silva, afirma que a soja não tem contribuição direta e decisiva para o desmatamento da Amazônia. Arioli participou da conferência de Bali (complementar) e defende o argumento de que a abertura de novas áreas não interessa a nenhum produtor de soja. “O aumento da produção derruba os preços e diminui nossa já precária lucratividade”, observa. Produtor na região Médio-Norte de Mato Grosso, Arioli comprova seu argumento com dados: menos de 10% das áreas desmatadas na região da Amazônia Legal do estado foram plantadas com soja nos últimos cinco anos.

De acordo com ele, a Aprosoja/MT tem como posicionamento aos seus filiados a defesa pela não abertura de novas áreas, seja no cerrado, seja na floresta amazônica. “Em 2006, a área desmatada no Estado ocupada com soja foi de apenas 2,5%. Apesar de Mato Grosso ser responsável por quase 30% da produção de soja do Brasil, a área plantada aqui aumentou apenas 16%, ou 1,1 milhão de hectares, nos últimos oito anos (desde 1999). É perfeitamente possível aliar desenvolvimento econômico com sustentabilidade ambiental, desde que as leis, que são as mais rigorosas do mundo, sejam cumpridas”, explica o vice-presidente, que coordenou a Bienal dos Negócios da Agricultura, em agosto passado, cujo tema central foi sustentabilidade.

O sojicultor afirma que a categoria está “no bom caminho”, e cita como principal ação para trilhar essa perspectiva a assinatura do Pacto Ambiental, entre o governo do Estado e a Aprosoja/MT, que se desdobrou no Projeto Soja Mais Verde. Na opinião de Arioli, essa ação concretizará uma aliança definitiva entre a rentabilidade da cultura da soja e a proteção ambiental, uma vez que o acordo prevê regularização quanto à legislação ambiental até 2010 de todas as propriedades com plantio de soja.

“O governo do Estado tem demonstrando interesse, investindo na adequação da Sema. Temos o apoio estratégico de algumas ONG’s, como a TNC (The Nature Conservancy), o ICV (Instituto Centro de Vida), a Aliança da Terra e o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia). A maioria dos produtores de soja desejam adequar-se à Legislação Ambiental. O único entrave que resta são as inconsistências legais, mas já estamos trabalhando conjuntamente para saná-las”, pontuou o vice-presidente.

Na opinião de Arioli, quando comparada à agricultura européia e de outros Estados brasileiros, a de Mato Grosso está disparada na frente em termos de preocupação ambiental. “Cito como exemplo as Áreas de Preservação Permanente (APPs) e as Reservas Legais, um conceito dos estados da Amazônia que os Europeus não têm. Somos campeões em Plantio Direto, em devolução de embalagens de agrotóxicos para reciclagem e os aumentos de produtividade permitem que tenhamos safras maiores com a mesma área de plantio. Estamos no bom caminho”.