O Brasil deverá cultivar uma área maior com soja na safra 2009/10 devido a uma redução nas lavouras de milho e algodão, afirmou o vice-presidente da divisão de nutrientes e suprimentos da Bunge Fertilizantes, Ariosto da Riva Neto, à agência Reuters. “O milho requer muito mais adubo, muito mais defensivo que a soja. E o milho, se quiser travar venda para o futuro, é muito difícil. Já a soja tem mecanismos de travamento da rentabilidade”, disse.
Tendências mundiais para soja reveladas em agosto
Restando menos de 50 dias para o pontapé inicial da nova safra brasileira de grãos, os analistas do mercado futuro já começam a projetar os novos cenários. Como se planejar frente ao redimensionamento de compras pela China? A que patamares o dólar deve chegar? Os Estados Unidos continuarão ampliando a produção de milho em detrimento da soja? A Argentina conseguirá apenas em um ciclo recuperar sua posição de mercado? O Brasil conseguirá ultrapassar os EUA nas exportações de soja em dez anos?
Para responder a esse tipo de questionamentos, a Bienal dos Negócios da Agricultura, evento realizado pela Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) de 19 a 21 de agosto em Cuiabá (MT), traz de maneira inédita para o Estado um painel com analistas dos países com maior destaque no mercado de commodities atualmente: Estados Unidos, Brasil e Argentina. O objetivo é mostrar as tendências de médio e longo prazos para a comercialização.
O assunto será debatido durante praticamente toda a manhã do dia 20 de agosto no painel “Mercado de Commodities pós crise mundial – Previsões de safras e preços”. Participam como debatedores o analista brasileiro André Pessoa, da Agroconsult, o analista norte-americano Darin Newson, da DTN/The Progresive Farmer, e o analista argentino Pablo Adreani, da AgriPAC. A mediação será conduzida pelo jornalista João Batista Olivi, do Terra Viva.