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Argentina: produtores de milho podem investir

<p>Se a Argentina decidir ter um plano de produção de biocombustível a partir do milho, será ''muito mais competitiva que o Brasil'', segundo avaliação do diretor executivo da Associação Milho Argentino (Maizar), Martín Franquío.</p>

Redação (10/05/07) – A entidade reúne toda a cadeia produtiva do país e realizou um seminário ontem, em Buenos Aires, para discutir o futuro do milho na Argentina. Martín Franguío afirmou que o custo de produção do milho na Argentina ”é o mais barato do mundo e chega a ser 75% menor do que no Brasil”.

Franguío afirmou que a ”Argentina pode produzir muito milho e muito etanol utilizando a lógica do Brasil, que durante 20 ou 30 anos começou com o álcool e hoje é uma autoridade no assunto”.  O executivo fez eco ao recente relatório da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), no qual afirma que ”a América Latina e Caribe tem uma ampla capacidade instalada de produção de alimentos”.
Segundo ele, ”se olharmos a história do milho, constataremos que sempre houve milho em excesso e os subsídios produziram montanhas de milho e de produtos derivados excedentes que foram destruindo a capacidade de produção dos países que não podiam subsidiar”.
Franguío acredita que a produção de biocombustíveis não afetaria a alimentação nos países menos desenvolvidos, ”pelo contrário, estimularia a voltar a plantar ou a plantar mais”. Em sua avaliação, ”até que comecemos a falar sobre escassez do milho, o potencial de produção dos países mais pobres já terá se desenvolvido”, sentencia. Febre mundial A febre mundial do biocombustível será discutida amplamente pela primeira vez na Argentina amanhã e sexta-feira durante um congresso internacional, em Buenos Aires, para o qual já está confirmada a presença do ex-vice presidente dos EUA, Al Gore, além de vários especialistas na área.
Uma das propostas que será defendida no congresso será a de desenvolver uma estratégia comum para o Mercosul, ”com regras comuns similar à do um regime automotivo”, segundo explicou o presidente da Fundação Campo em Ação, Julio Cesar Gutiérrez, um dos organizadores do evento.